ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS E A PASSAGEM PARA OUTROS MUNDOS

  • Rafaela Parizotto UFFS
  • Valdir Prigol UFFS
Palavras-chave: literatura; metáfora; leitura; discurso.

Resumo

Este trabalho propõe uma leitura de Alice no País das Maravilhas (1865), de Lewis Carroll, a partir da metáfora da “passagem para outros mundos”. Inicialmente, apresenta a obra de Carroll, demonstrando como a passagem está presente no texto e como ela contribui para colocar em jogo o mundo de origem de Alice, incluindo sua língua e sua identidade. Na sequência, propõe uma memória para essa metáfora, organizada em pré-história e pós-história. No primeiro grupo, estão as obras As rãs (405 a. C), de Aristófanes; A odisseia (700-500 a.C.), de Homero; e A divina comédia (1304-1321), de Dante Alighieri. No segundo grupo, destacam-se as obras de literatura infantil e juvenil, como Alice através do espelho (1871), de Lewis Carrol; O mágico de Oz (1901), de L. Frank Baum; Peter Pan (1911), de J. M. Barrie; Reinações de Narizinho (1931), de Monteiro Lobato; As crônicas de Nárnia (1950-1956), de ‎C. S. Lewis; Jumanji (1981), de Chris Van Allsburg; Ana Z aonde vai você? (1993), de Marina Colassanti; e Harry Potter (1998-2007), de J.K. Rowling. Por fim, sugere que o País das Maravilhas pode ser uma metáfora para compreender a própria literatura, e que a leitura, portanto, é uma forma de passagem.

Publicado
24-09-2021