IDENTIDADE DE GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL, COMUNIDADE LGBTQIA+ E PESSOAS TRANS: O QUE PENSAM E COMO AGEM DISCENTES UNIVERSITÁRIOS(AS) DA ÁREA DA SAÚDE

Resumo

No Brasil, apesar da previsão de políticas públicas para o atendimento em saúde da comunidade LGBTQIA+, ainda há grande lacuna nesse acesso, particularmente devido à falta de acolhimento dos profissionais da área. Como sua atuação é desenvolvida a partir da formação, é importante entender como o itinerário acadêmico influencia suas práticas. Dessa maneira, o estudo pretende compreender as Representações Sociais, saberes e práticas de discentes universitários(as) em cursos da área de saúde sobre identidade de gênero, orientação sexual e a comunidade LGBTQIA+, com ênfase para pessoas trans. Para isso, foi realizada entrevista semiestruturada com dez discentes da área, trazendo, posteriormente, as impressões geradas a partir delas, com base na Teoria das Representações Sociais. Como resultado, foi possível identificar as diferentes representações dos universitários(as) acerca do tema e que, apesar do anseio deles por esse debate, o assunto ainda é pouco trabalhado em seus cursos. Além disso, percebeu-se a necessidade de busca por diferentes estratégias pedagógicas que os aproximem das particularidades dessa população, além de treinamento dos docentes nesse aspecto. Sendo assim, infere-se que, apesar do assunto ainda ser pouco abordado e de haver um longo caminho para essa aproximação com a academia, o interesse dos discentes pode facilitar esse processo.