EXPOSIÇÃO A AGROTÓXICOS E SUA RELAÇÃO COM CASOS DE DEPRESSÃO E SUICÍDIO EM AGRICULTORES FAMILIARES

  • Karina Raquel Fagundes Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Calinca Skonieski
  • Amanda Tapia de Moraes
  • Larissa Silva
  • Dalila Moter Benvegnú
Palavras-chave: pesticidas; transtorno depressivo; ideação suicida; sudoeste paranaense.

Resumo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente no mundo cinco milhões de pessoas são contaminadas por agrotóxicos. Em relação aos prejuízos à saúde humana ocasionados por tais substâncias destacam-se os distúrbios neurológicos, como depressão, além de mortes acidentais e suicídios. Entretanto, apesar da região sudoeste utilizar grandes quantidades de pesticidas, as supervisões e estudos a respeito são poucos, revelando a necessidade de mais pesquisas em regiões interioranas como tal. Em vista disso, o objetivo do estudo foi verificar os casos de depressão e suicídio em agricultores e relacionar com o uso de agrotóxicos. Quanto à metodologia, o estudo contou com questionários semi-estruturados para avaliação de dados pessoais, exposição a agrotóxicos, indicadores de suicídio e a escala “Hospital Anxiety Depression Scale” (HADS). Já para tabulação dos dados contou-se com Excel e software SPSS Statistics® tendo como significância p<0,05. Os resultados demonstraram um aumento dos casos de depressão de acordo com a longa exposição com os agrotóxicos (p=0,000) para ambas as cidades estudadas. Portanto, quanto maior o tempo de exposição aos agrotóxicos, maiores são as probabilidades de se desenvolver sinais e sintomas de depressão e consequente a isso se ter maior viabilidade para tentativas suicidas.

Publicado
07-10-2020