CRITÉRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO E NÍVEL DE DANO ECONÔMICO DE PAPUÃ EM QUINOA

Resumo

O estudo da interferência e do nível de dano econômico (NDE) de plantas daninhas em culturas permite adotar medidas de manejo mais racional. Objetivou-se com o trabalho determinar a interferência e o NDE de papuã infestante da cultura da quinoa. O experimento foi instalado em delineamento completamente casualizado, sem repetição. Os tratamentos foram compostos por genótipos de quinoa (Q 1303, Q 1331 e Q 1324) em competição, respectivamente, com doze densidades de papuã: 0, 16, 36, 40, 40, 44, 52, 60, 84, 280, 532 e 1036; 0, 8, 28, 32, 32, 48, 52, 60, 72, 84, 820 e 988; e 0, 8, 36, 44, 48, 60, 68, 80, 84, 120, 756 e 848 plantas m^-2). As variáveis avaliadas foram; densidade de plantas, cobertura do solo, área foliar, massa seca, produtividade da quinoa, custo de controle, preço da quinoa e eficiência de controle. O modelo de regressão não linear da hipérbole retangular estima adequadamente as perdas de produtividade de grãos da quinoa na presença de papuã. A densidade de plantas apresentou melhor ajuste ao modelo da hipérbole retangular do que a cobertura do solo, área foliar e massa seca da parte aérea. O genótipo de quinoa Q 1331 apresenta maior habilidade competitiva com o papuã do que o Q 1303 e Q 1324. Os valores de NDE variam de 1,81 a 11,74 plantas m^-2 para o genótipo Q 1331 o qual demonstraram maior competitividade com o papuã. Os menores valores de NDE variam de 1,21 a 8,12 plantas m^-2, para os genótipos Q 1303 e Q 1324 sendo que esses apresentam as menores competitividades com o competidor. Os NDE diminuem com o aumento; da produtividade de grãos, do preço da saca da quinoa, da eficiência das capinas e com a redução no custo de controle do papuã, justificando a adoção de medidas de controle em menores populações da planta daninha.