NÍVEIS CRESCENTES DE FARELO DE CANOLA NA DIETA DE CORDEIROS EM CONFINAMENTO

  • Patrícia Krüger Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Leandro Benderovicz
  • Sandro André Rech
  • Vanessa Fernanda Kaufka
  • Bernardo Berenchtein
Palavras-chave: Biodiesel, Desempenho, Ovinocultura

Resumo

Objetivou-se através do presente trabalho avaliar o desempenho de cordeiros confinados, em relação ao desempenho, características da carcaça e comportamento ingestivo dos mesmos, submetidos à diferentes níveis de farelo de canola na dieta. Os principais subprodutos da canola são a torta e o farelo, oriundos da extração do óleo por prensagem e pela prensagem seguida da extração por solvente, respectivamente. Em função da constante mudança no preço dos ingredientes utilizados na nutrição animal, é de suma importância, o estudo e a avaliação dos subprodutos e/ou resíduos que possam vir a ser utilizados na dieta de ruminantes. Diante disso, vinte e quatro cordeiros mestiços, foram alimentados com níveis crescentes de canola, divididos em quatro tratamentos (0, 1, 2 e 4% de farelo de canola) e seis repetições cada, sendo 9 machos inteiros e 15 fêmeas, com peso vivo médio inicial de 29,17 kg, alimentados durante 33 dias com dietas isonutricionais. Os animais foram identificados, pesados e distribuídos nos quatro tratamentos, permanecendo em baias individuais. Os parâmetros estudados foram o ganho diário de peso, consumo diário de matéria seca, eficiência alimentar, peso da carcaça quente, rendimento da carcaça quente, comprimento da carcaça e comportamento ingestivo. Foi utilizado o pacote estatístico SAS para verificação da adequação dos dados ao modelo linear. Em seguida, foi feita a análise de variância pelo PROC GLM do SAS. Além disso, foi realizada a decomposição dos graus de liberdade do fator nível em seus componentes individuais (linear e quadrático) de regressão, através dos polinômios ortogonais. Não houve diferença estatística entre os tratamentos para o peso vivo inicial, peso vivo final, ganho médio diário de peso e eficiência alimentar. Para o consumo diário de ração, houve diferença significativa (P>0,05), no qual o tratamento com 2% de farelo de canola foi o que teve o menor consumo da dieta. Quanto à carcaça, não houve diferença significativa entre os tratamentos. Os maiores níveis de inclusão do farelo de canola na dieta modificaram o comportamento dos cordeiros, aumentando o consumo de água, de concentrado e o tempo de ócio.

Publicado
08-10-2020