POTENCIALIDADES DE USO DO CONTROLE BIOLÓGICO E ALTERNATIVO COMO ESTRATÉGIAS PARA O MANEJO INTEGRADO DA PODRIDÃO COMUM DE RAÍZES EM TRIGO

  • Suelen Cappellaro Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Júlia Andrade UFFS- campus Erechim
  • Gabriele Girelli de Andrade UFFS-campus Erechim
  • Vanessa Neumann Silva UFFS- campus Chapecó
  • Paola Mendes Milanesi UFFS- campus Erechim
Palavras-chave: triticultura, Fusarium graminearum, antibiose, óleo essencial, restricção hídrica

Resumo

O trigo (Triticum aestivum L.) é um dos cereais de inverno de grande interesse econômico. Entre as doenças que comprometem o estabelecimento da cultura está a podridão comum de raízes, cujo agente causal é o fungo Fusarium graminearum (Fg). Teve-se como objetivo investigar a aplicabilidade do controle alternativo e biológico sobre o índice de crescimento micelial (ICM, %) de isolados de Fg e, a qualidade fisiológica de sementes de trigo inoculadas com o patógeno. Foram utilizados dois isolados de Fg, obtidos de trigo e cevada. O experimento foi conduzido na UFFS-campus Erechim e o delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com quatro repetições. Os tratamentos foram: testemunha, óleos essenciais de eucalipto e melaleuca, Bacillus subtilis e fungicida (triadimenol). Avaliou-se o crescimento micelial de Fg ao longo do tempo de exposição aos tratamentos, realizando-se a medição do crescimento micelial do fungo, para a obtenção do índice de crescimento micelial (ICM, %) em cada tratamento. Posteriormente, foi realizada uma segunda etapa para aplicação dos mesmos tratamentos nas sementes de trigo (cv. TBIO Sonic) inoculadas com os isolados de Fg, através da técnica de restrição hídrica (-1,0 MPa) com manitol. As sementes inoculadas e tratadas foram mantidas em incubadora a 20 °C e fotoperíodo de 12 horas, sendo contabilizada diariamente, até o quarto dia, as sementes com protrusão radicular. Conclui-se que os óleos essenciais de eucalipto e melaleuca e o Bacillus subtilis foram efetivos na inibição do crescimento micelial (ICM, %) de Fusarium graminearum, mas não asseguram maior velocidade de germinação (IVG) em sementes inoculadas com o patógeno.

Publicado
08-10-2020