COMO A INSEGURANÇA SE APRESENTA NA PAISAGEM URBANA EM CHAPECÓ?
Resumo
1 Introdução
A reprodução dos discursos em torno da violência, do medo e da insegurança marcam o cotidiano urbano e favorecem a utilização de estratégias de prevenção na sociedade. Segundo Catalão (2013, p. 132), o medo da violência e a sensação de insegurança urbana estão entre as grandes justificativas para a procura por moradias em empreendimentos fechados, mesmo em cidades que não apresentam dados acentuados em relação a ocorrências violentas. Os tipos de medos dos citadinos correspondem às transformações dos riscos cotidianos que enfrentam, e esse aumento dos riscos torna o controle dos acontecimentos sociais cada vez mais difícil, levando a um imaginário do medo (FRANÇA, 2015, p. 33). Isso porque a sensação de insegurança sentida estaria associada ao aumento das novas violências urbanas que fazem parte do convívio social, ou seja, insultos, degradação, vandalismo, comportamentos desregrados, dentre outros (FRATARRI, 2009, p. 13). Este tipo de fenômeno também ocorre em Chapecó, embora com menos intensidade se comparada a outras cidades do país. Estratégias de securitização contra possíveis riscos podem ser notadas, como, por exemplo: o crescimento das empresas privadas de vigilância e o aumento do portfólio de “pacotes de segurança”, além de demais mecanismos de autoproteção. As cidades assumem, cada vez mais, feições ditadas por uma arquitetura do medo. A fragmentação é o processo por meio do qual os modos de vida na cidade e as maneiras produzi-la se tornam uma justaposição desconexa de formas e relações, potencializado, entre outras coisas, pelas estratégias de segurança adotadas e pela tendência ao enclausuramento das pessoas em suas residências ou em espaços privados (CATALÃO, 2013).
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