DO LOCAL AO GLOBAL: A REVOLUÇÃO VERDE E AS MUDANÇAS SOCIOAMBIENTAIS NO OESTE CATARINENSE
Resumo
O objetivo central deste projeto é analisar as mudanças socioambientais ocasionadas pelo processo conhecido como revolução verde na Fronteira Sul do Brasil. Buscando uma abordagem que relaciona o global e o local, este projeto procura demonstrar como a modernização da agricultura modificou o panorama socioambiental da região e não se limitou apenas à inserção de insumos e agrotóxicos, mas a um extenso processo de estruturação de agências públicas e privadas, de formação de agricultores voltados à estas práticas e de consolidação de modelos de produção voltados à monocultura, como soja, milho e trigo por exemplo. Também, este processo integrou a produção familiar local junto à crescente agroindústria, diminuindo a produção autônoma de produtos agrícolas. Tal processo significa a inserção desta região em um modelo nacional e global de desenvolvimento principalmente após a década de 1960 e, mais recente, tornou-se objeto de questionamento por parte de movimentos sociais que buscam alternativas, como a Agroecologia, por exemplo. Por outro lado, as instituições criadas durante o processo de estruturação da revolução verde, bem como suas substitutas, não abandonaram, por total, seus ideais de aumento da produtividade baseado no uso de agrotóxicos, sementes transgênicas e outros insumos. Com isto, pretendemos pontuar a atualidade e a importância de estudar a revolução verde, buscando demonstrar as resistências a este processo, mas também a permanência de determinados princípios dentro e fora de instituições públicas e privadas de pesquisa agropecuária. Este projeto utiliza fontes primárias de pesquisa (jornais, revistas), bem como outros materiais de arquivo (entrevistas já realizadas e arquivadas) e material de disponível na rede mundial de computadores.
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