O DESERTO NA ORDEM VISUAL ARGENTINA DO SÉCULO XIX
Resumo
Este trabalho explora o discurso visual da construção do deserto argentino, do século XIX, através das representações da dicotomia civilização/barbárie presentes na obra do pintor uruguaio Juan Manuel Blanes. A figura da mulher, comumente associada à pureza, está nas telas de Blanes com uma brancura manchada, sua inocência perdida contrastando com a paisagem virgem do deserto selvagem. O desenvolvimento do diálogo entre as imagens permite captar, pelas diferentes alegorias feitas à violência, um vazio, onde a pureza se enamora pela morte e em que, nos olhares dessas cautivas, fica explícita a melancolia da inércia. Estas imagens carregam em sua superfície uma memória, sendo capazes de uma marcação significativa na construção da nação Argentina, fazendo aporte a uma justificação de extermínio do indesejado.
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