Enraizamento de mini-estacas de pitangueira
Resumo
A pitangueira (Eugenia uniflora) é propagada basicamente por sementes. Entretanto, este método não permite a formação de pomares uniformes, sendo fator limitante para sua domesticação. Neste sentido, deve-se adotar métodos asssexuados, tendo até o presente, resultados mais satisfatórios com a enxertia se comparado a alporquia e estaquia. O objetivo deste trabalho foi testar o uso da propagação assexuada por mini-estaquia pitangueira (Eugenia uniflora), de acordo com época de coleta, comprimento da mini-estaca e concentração de AIB, bem como, relacionar tais resultados de rizogênese com triptofano extraído em determinados períodos. O trabalho foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos. As coletas foram realizadas bimestralmente. Foram preparadas mini-estacas com 6 ou 8 cm, com par de folhas reduzido a 25% do tamanho original. As mini-estacas tiveram sua base imersa em solução líquida de ácido indol-butírico (AIB), nas concentrações de 0, 3000 e 6000 mg L-1 e em seguida foram colocadas em tubetes contendo substrato comercial. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com fatorial 2 x 3 x 6 (comprimento de estaca x concentração de AIB x época do ano), com quatro repetições, sendo a unidade experimental variou de acordo com a quantidade de brotações obtidas em tais períodos. Aos 120 dias da implantação de cada coleta foram avaliados o enraizamento e calogênese (%), número médio de raízes por mini-estaca e comprimento médio das raízes. Após 60 dias destas análises avaliou-se a sobrevivência das mini-estacas enraizadas pós-plantio. Também avaliou-se a produção de mini-estacas de cada tamanho em cada época do ano. Ao final do experimento avaliou-se o percentual de sobrevivência das mudas matrizes. Recomenda-se para pitangueira coletar em junho, porém nas de 6 cm aplicação de 3000 mg L-1 de AIB e de 8 cm com 6000 mg L-1 de AIB.