Podridão em videira cultivar Saint Emilion em Santana do Livramento/RS

  • Claudia Roberta Nenning Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Laranjeiras do Sul
  • Andrea Pires Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Laranjeiras do Sul
  • Cláudia Simone Madruga Lima Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Laranjeiras do Sul
  • Fabrício Domingues Miolo Wine Group AS- Filial Almadén
  • Vagner B. Costa Universidade Federal do Pampa Campus Dom Pedrito

Resumo

 

Um dos principais problemas enfrentados por produtores de uva no sul do Brasil na época de colheita é a incidência de podridões, ocasionando perdas de produtividade que irão refletir em perdas econômicas. Com base nisso, o objetivo neste trabalho foi quantificar a evolução de podridão e calcular as perdas econômicas advindas disso. O experimento foi desenvolvido em uma área do vinhedo da Vinícola Almadén, localizada em Santana do Livramento/RS. Como material vegetal foram utilizadas uvas da cultivar Saint Emilion, conduzidas em sistema espaldeira, com espaçamento 3,50 x 2,00 m, 39 anos de implantação. Durante a safra de 2017, foram identificados 750 cachos sadios equivalentes a uma área de 56m². Subsequentemente, foram feitas avaliações semanais, totalizando quatro semanas. Foi realizada a contagem dos cachos que apresentavam podridão sendo os resultados expressos em porcentagem. Considerando a média de massa de cacho, na área em que foi desenvolvido o experimento, havia em torno de 213, 220 kg de uva, extrapolando para um hectare seriam aproximadamente 38.035,71kg. Na avaliação do dia (08/02) os cachos ainda não apresentavam podridão. Nas avaliações posteriores: (17/02), (24/02) e (02/03) foram obtidos 1,06%, 5,46% e 17,6%, respectivamente. Considerando a porcentagem de podridão obtida na última avaliação seria uma perda de 6.694,28 kg/ha. Conclui-se que as podridões geram perdas de produtividade e portanto, em locais onde o clima é favorável a sua ocorrência, o uso de medidas preventivas é indispensável.

Publicado
13-06-2017