Efeito da poda antecipada sobre a produção de Niágara Rosada cultivada sob cobertura plástica
Resumo
A viticultura exerce importante papel social e econômico em Santa Catarina. É conduzida prioritariamente em pequenas propriedades agrícolas, com uso de mão de obra familiar visando a elaboração de vinhos e sucos. Contudo, a mão de obra utilizada para a realização dos tratos culturais como poda seca, desponte, desfolha e colheita tem sido um problema enfrentado, uma vez que exige trabalho intensivo e concentrado em um determinado período do ano. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes períodos da poda seca, pelo uso da poda outonal, na produção de Niágara Rosada cultivada sob cobertura plástica no município de Videira. Para tanto, área implantada em 2012 com Niágara Rosada sobre o porta-enxerto VR 043-43 foi utilizada. Deste modo, foram realizadas podas secas em três períodos diferentes: maio, junho e julho. As plantas avaliadas foram conduzidas em um DBC, com três repetições. Cada repetição foi constituída de três plantas. Os resultados obtidos demonstram que houve efeito significativo dos períodos de poda na produção por planta (kg) de Niágara Rosada cultivada sob cobertura plástica. Dentre os três períodos avaliados, o período intermediário, onde a poda foi conduzida no mês de junho, apresentou-se inferior aos demais (4,48 kg), não havendo diferenças na produção das plantas podadas em maio (6,04 kg) e julho (7,84 kg). O período intermediário (junho) também apresentou brotação antecipada em relação aos demais períodos (5 dias), o que pode favorecer a incidência de geadas tardias. Conclui-se, que a poda realizada no mês de junho apresenta efeito prejudicial sobre a produção e fenologia de uva Niágara Rosada cultivada sobre cobertura plástica.
Palavras-chave: Vitis labrusca, poda outonal, mão de obra.
