Identificação de compostos voláteis em frutos de guabiroba (Campomanesia xanthocarpa Berg.)

  • Stefany Grützmann Arcari Instituto Federal de Santa Catarina Campus São Miguel do Oeste
  • Thiago Vasconcelos Odorczyk Instituto Federal de Santa Catarina Campus São Miguel do Oeste
  • Makely Maria Wingert Instituto Federal de Santa Catarina Campus São Miguel do Oeste
  • Paloma Rocha Instituto Federal de Santa Catarina Campus São Miguel do Oeste
  • Lucas Vinicius Rodrigues Instituto Federal de Santa Catarina Campus São Miguel do Oeste
  • Vinicius Caliari Epagri Estação Experimental de Videira

Resumo

Campomanesia xanthocarpa Berg. é uma Myrtaceae frutífera, conhecida popularmente como guabirobeira. Seus frutos apresentam formato redondo, de cor verde quando jovens e amarelos ou alaranjados quando maduros. Folhas e frutos de guabirobeiras têm sido estudados em relação à composição de seu óleo essencial, entretanto, não há relatos na literatura acerca dos compostos voláteis predominantes no fruto maduro. Assim, o objetivo deste estudo foi determinar o perfil da fração volátil de guabirobas maduras coletadas em matas nativas do município de São Miguel do Oeste, na região Extremo Oeste Catarinense. Para determinação do perfil de compostos voláteis foi empregada a técnica de microextração em fase sólida seguida por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas com identificação por comparação dos dados experimentais com espectros de referência da NIST 05 Mass Spectral Library. Foram identificados compostos das classes dos terpenos, sesquiterpenos, hidrocarbonetos, álcoois fúseis, álcoois C-6, acetatos de álcoois superiores, ésteres etílicos de ácidos graxos, ésteres metílicos de ácidos graxos, aldeídos, C13-norisoprenoides e cetonas. Os compostos majoritários foram α-selineno, de odor herbáceo, longifoleno e α-muuroleno, amadeirados, α-guaieno e guaiol, amadeirados e balsâmicos, cariofileno e bulnesol, com odor de especiarias, β-cadineno e γ-selineno, amadeirados, β-gurjuneno, herbáceo e terroso, (+)-valenceno, de odor cítrico e doce, limoneno, cítrico, 1-hexanol, herbáceo lembrando grama cortada, e acetato de etila, de odor frutado com notas de abacaxi. O uso de microextração em fase sólida permitiu a identificação de diferentes classes e maior número de compostos voláteis quando comparado ao método de extração dos óleos essenciais e mostrou que a guabiroba apresenta odores predominantemente herbáceos, amadeirados, cítricos e doces.

Biografia do Autor

Stefany Grützmann Arcari, Instituto Federal de Santa Catarina Campus São Miguel do Oeste

Docente de Ciência e Tecnologia em Alimentos. Doutora em Ciência de Alimentos.

Publicado
12-06-2017