Produção, produtividade e número de frutos de espécies de fisális cultivadas sob telas coloridas de sombreamento
Resumo
Espécies do gênero Physalis apresentam frutos comestíveis com inúmeros compostos bioativos. No Brasil seu cultivo é pequeno e pouco se conhece sobre as condições ideais para o seu estabelecimento. As condições luminosas afetam a produtividade dos vegetais, todavia não está bem definido de que forma a luz pode influênciar o desenvolvimento de fisális. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do uso de telas de sombreamento coloridas sobre parâmetros produtivos de espécies de Physalis. O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal de Lavras, MG entre agosto de 2015 e março de 2016. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com esquema fatorial 4x5, sendo quatro espécies de fisális (P. peruviana, P. pubescens, P. minima e P. ixocarpa), e quatro cores de malhas fotoconversoras (branca, azul, vermelha e preta), além do tratamento controle a pleno sol. Cada tratamento foi composto por três repetições de duas plantas dispostas aleatoriamente sob cada sombreamento. Em cada colheita foi anotado a produção total de cada planta e o número de frutos colhidos para posterior cálculo da produção acumulada, número de frutos por planta, e produtividade estimada. Conclui-se que todas as espécies estudadas são sensíveis ao espectro luminoso incidente afetando o número de frutos. A produção e produtividade de P. peruviana e P. pubescens não se alteram com a mudança da tela de sombreamento com produção e produtividade máxima de P. peruviana de 95,67 g planta-1 e 955 kg ha-1 e de P. pubescens 79,33 g planta-1 e 790 kg ha-1, ambas não necessitando de sombreamento. Contrariamente a produção e produtividade de P. minima e P. ixocarpa alteram-se de acordo com a coloração da tela utilizada, devendo a primeira espécie ser produzida sob telado branco, azul ou a pleno sol atingindo máximos de 368,67 g planta-1 e 3682,7 kg ha-1; e a segunda sob telado vermelho ou preto com máximos de 638,67 g planta-1 e 6385,0 kg ha-1.
