Resistência de cultivares de goiabeira serrana a antracnose, fumagina, podridão cinzenta e mancha de Phyllachora

Resumo

Nos últimos anos a Epagri lançou quatro cultivares de goiabeira serrana. No entanto, apesar destas cultivares apresentarem frutos de alta qualidade, atualmente não se tem informações detalhadas sobre a resistência destes acessos as principais doenças da cultura. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi determinar o nível de resistência destas cultivares a antracnose (AN), fumagina (FU) podridão cinzenta (PC) e mancha de Phyllachora (MP). Para isto, foram usadas seis plantas/cultivar com 14 anos de idade, enxertadas sobre o acesso Epagri-509 do banco ativo de germoplasma da estação experimental de São Joaquim.  Folhas, ramos e frutos com sintomas da AN, FU, PC e MP foram infectadas por Colletotrichum spp., Capnodium spp., Botrytis cinerea e Phyllachora feijoae, respectivamente em condições naturais de campo. Para determinação do nível de resistência das cultivares foram selecionados 10 ramos terminais ao acaso/planta e foi determinado a incidência da FU e MP em 10 folhas/ramo. Adicionalmente para a AN foi atribuído uma nota de 0 a 100, considerando a porcentagem de ramos secos em relação aos sadios/planta. Também foi determinada a incidência de AN em 30 frutos/planta. Para a PC foi determinado o número de flores mumificadas/planta. A resistência das cultivares de goiabeira parece ser de caráter quantitativo. A cv. Alcântara é a mais suscetível a FU e AN em frutos, embora seja uma das mais resistentes a MP, PC e AN em ramos. A cv. Helena é um dos acessos mais suscetíveis a MP e AN em ramos, e uma das mais resistentes a FU. A cv. Mattos é um dos acessos mais suscetíveis a FU e AN, no entanto é a mais resistente a MP e PC. A cv. Nonante é a mais suscetível a MP e AN em ramos, mas é uma das mais resistentes a FU, PC e AN em frutos. A determinação do nível de resistência das cultivares de goiabeira auxiliará na tomada de decisão dos fruticultores, no momento da implantação de pomares.