Influência da adubação na severidade de Sigatoka em bananeira

  • André Boldrin Beltrame Epagri/Estação Experimental de Itajaí
  • Rafael Ricardo Cantú Epagri/Estação Experimental de Itajaí
  • Scherer Felipe Scherer Epagri/Estação Experimental de Itajaí
  • Marcelo Mendes de Haro Epagri/Estação Experimental de Itajaí

Resumo

Apesar de existir vários estudos sobre a adubação de bananeira, pouco se sabe sobre a relação entre a nutrição dessa espécie com a intensidade de doenças. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a severidade de Sigatoka, causada por Mycosphaerella musicola e Mycosphaerella fijiensis, em bananeiras adubadas com diferentes fontes de nutrientes e maneiras de distribuição do fertilizante na área. Para isso, plantas de banana foram adubadas com adubo sintético, organomineral ou composto na base e ureia e cloreto de potássio em cobertura; distribuídos em meia lua em frente à planta ‘filha’ ou em área total. Como controle, foi utilizada a adubação utilizada pelo produtor. As doses dos fertilizantes foram calculadas com base nas recomendações do Manual de Adubação do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.  O experimento foi conduzido em bananal localizado no município de Luís Alves, SC, entre 2014 e 2017, que cultivava banana do cultivar Nanicão, e as adubações foram realizadas em parcelas de 10 m de comprimento por 12 m de largura. Durante o ultimo ciclo de cultivo, foi determinada a severidade de Sigatoka em todas as folhas das plantas avaliadas, a cada dois meses, usando a escala de Stover adaptada por Gauhl. Com os dados obtidos, foram calculados o índice de infecção e a curva de progresso de doença (AACPD) de cada tratamento, que foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey HSD (5%). Os tratamentos foram distribuídos aleatoriamente no campo e compostos por quatro repetições. Verificou-se menor severidade de doença em plantas adubadas em meia lua em relação às plantas adubadas em área total. Plantas adubadas com composto apresentaram redução em pelo menos 23% de severidade de doença que os demais tratamentos quando aplicados em área total. Porém, as diferentes fontes de fertilizantes não alteraram a AACPD quando aplicados em meia lua.

Biografia do Autor

André Boldrin Beltrame, Epagri/Estação Experimental de Itajaí

Eng. Agrônomo, Dr. em Fitopatologia.

Atuação com fruticultura, indução de resistência, fisiologia do parasitismo, controle biológico, resistência genética, nutricão x doença.

Rafael Ricardo Cantú, Epagri/Estação Experimental de Itajaí

Eng. Agrônomo, Dr. em solos.

Atuação em horticultura e fruticultura

Scherer Felipe Scherer, Epagri/Estação Experimental de Itajaí

Eng. Agrônomo, Dr. em Melhoramento genético.

Atuação em fruticultura

Marcelo Mendes de Haro, Epagri/Estação Experimental de Itajaí

Eng. Agrônomo, Dr em Entomologia

Atuação em horticultura e fruticultura

Publicado
05-06-2017