Biologia reprodutiva de acessos de Physalis spp. cultivados em Chapecó, SC

  • Alice Silva Santana Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó

Resumo

O conhecimento da biologia reprodutiva em uma cultura é essencial para o desenvolvimento de técnicas voltadas para alcançar progresso em programas de melhoramento vegetal. Assim, objetivou-se determinar aspectos da biologia reprodutiva de acessos de Physalis spp. cultivados em Chapecó. O experimento foi conduzido na área experimental da UFFS – campus Chapecó com delineamento inteiramente casualizado composto por 120 acessos do programa de melhoramento genético, sem repetições, com plantas oriundas de sementes obtidas de frutos importados da Colômbia. Foram realizadas observações em três períodos, 06 a 30 de janeiro, 03 a 29 de março e 12 de abril a 09 e maio do ano de 2017. Em cada período foram marcados um botão floral e um nó em uma das hastes do genótipo escolhida de modo aleatório. As observações foram feitas na frequência de três vezes por semana, sendo analisadas as seguintes variáveis: dias decorridos desde a emissão do botão floral à antese, dias decorridos da antese à fixação de frutos e número de dias para a emissão de nós. Foi considerado visível o nó quando a folha associada a ele apresentava limbo foliar desenrolado e com no mínimo 2 cm de largura. A partir dos dados obtidos efetuou-se o desvio padrão, a média aritmética e o erro padrão, sendo estes correlacionados à temperatura média do ar por meio do coeficiente de correlação de Pearson. A temperatura do ar tem correlação negativa (-0,98) com o número de dias decorridos para a frutificação e para a emissão de nós. Seguindo a média de número de dias nos três períodos de observação, os genótipos de Physalis spp. necessitam de 8 dias (± 2,5) para a emissão de nós sucessivos na haste, 13 dias (± 4,0) para a antese e 5 dias (± 2,5) para a fixação de frutos a partir da antese. Logo, os aspectos da biologia reprodutiva fornecem informações sobre o período de disponibilidade de recursos florísticos para a aplicação de técnicas de melhoramento genético, como cruzamentos artificiais, entre os acessos de fisalis.

Publicado
01-06-2017