Diferentes números de hastes no cultivo de amora-preta cultivar BRS Tupy

Resumo

A cultura da amoreira-preta é uma ótima opção para agricultores familiares, por apresentar rusticidade, boa produção em curto espaço de tempo e área. Altas produtividades podem ser alcançadas, no entanto é necessário desenvolver manejos a fim de auxiliar nessa evolução. O objetivo com este trabalho foi avaliar a influência dos diferentes números de hastes em relação aos aspectos produtivos e qualitativos das frutas. O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul, em um pomar implantado no ano de 2014. As avaliações ocorreram durante o ano agrícola de 2016/2017, segundo ano produtivo das plantas. As podas avaliadas foram poda drástica de inverno (zero), uma, duas e três hastes produtivas, as quais foram realizadas ao fim do inverno do ano de 2016. Foram avaliados produtividade estimada, expressa em ton ha^-1, e teor de sólidos solúveis, expresso em ºBrix. Na avaliação de produtividade estimada, obtiveram-se melhores resultados em plantas com quatro hastes, com uma média de 13,91 ton ha^-1. A poda drástica de inverno resultou nos menores índices de produtividade (2,12 ton ha^-1), enquanto as plantas com duas e três hastes se demostraram intermediárias, não diferindo significativamente, com 9,75 e 11,03 ton ha^-1, respectivamente. Quando avaliados os teores de sólidos solúveis nas frutas, as maiores médias foram encontradas nas plantas com quatro, três e duas hastes, com 10,83, 10,43 e 10,37 ºBrix respectivamente, não diferindo significativamente estre si. No entanto, a poda drástica de inverno que apresentou menor produtividade, também apresentou teores de sólidos solúveis inferiores, média de 8,86 ºBrix. O manejo de diferentes números de hastes na amoreira-preta influencia diretamente na produtividade e nos teores de sólidos solúveis. Plantas com quatro hastes atingem maiores produtividades mantendo a qualidade das frutas