Ocorrência de Eriosoma lanigerum (Hemiptera: Aphididae) em porta-enxertos de macieira resistentes, em Santa Catarina
Resumo
O pulgão lanígero (Eriosoma lanigerum) alimenta-se da seiva extraída exclusivamente de partes lenhosas e de brotos tenros, podendo atacar várias partes da planta, como brotações, raízes, ramos e tronco da macieira. O uso de porta-enxerto resistente é uma medida de controle, sendo que o Marubakaido e os das séries MM (Merton Malling), MI (Merton Immune) e Geneva® são considerados resistentes e contribuem para reduzir a incidência da praga nos pomares. Entretanto, nos últimos anos, o G.874 e o Marubakaido vem manifestando ataque da praga em pomares de macieira no Sul do Brasil, o que reforça a suspeita da ocorrência de uma nova subespécie de pulgão. Neste contexto, este estudo teve como objetivos avaliar a campo e em laboratório, a colonização de populações de pulgão lanígero em porta-enxertos considerados resistentes. As coletas foram feitas de 2014 a 2016, em pomares de macieira comerciais, no Alto Vale do Rio do Peixe e no Planalto Serrano, em Santa Catarina. Amostras com pulgão lanígero coletadas em porta-enxertos resistentes foram levadas ao laboratório de Entomologia da Epagri de Caçador para os testes de reinfestação controlada em mudas dos porta-enxertos M.9 (controle) e Marubakaido (resistente). Parte do material foi acondicionado em frascos contendo álcool 70%, para caracterização morfológica e molecular posterior. Durante o estudo, foram coletadas duas amostras de pulgão lanígero em Fraiburgo, duas em Caçador e uma amostra em Bom Retiro, todas no porta-enxerto Marubakaido. Verificou-se que, as populações de pulgão lanígero coletadas nos três locais, reinfestaram em condições de laboratório, tanto as mudas de M.9 quanto as de Marubakaido. Desta forma, os resultados preliminares indicam que se trata de uma provável subespécie e, os resultados da caracterização morfológica e molecular do material coletado confirmará a hipótese.
