Comportamento vegeto-produtivo de pessegueiro conduzido em sistema Bidimensional

  • Moisés de Abreu Barbosa
  • Thiago V. Rech
  • Jean do Prado
  • EDSON DA SILVA UFFS
  • Wilvens Antoine
  • Clevison Luiz Giacobbo

Resumo

O objetivo com este trabalho foi analisar o comportamento vegeto-produtivo de pessegueiro cv. ‘Rubimel’ em diferentes sistemas de condução e qualidade pós-colheita. O trabalho foi realizado em Sarandi-RS, unidade experimental, junto a CESURG e no Laboratório de Fruticultura e Pós-Colheita do Campus Chapecó-SC, UFFS. Conduzido em pomar de pessegueiro, na primeira safra, cultivar Rubimel, enxertada sobre porta-enxerto cv. Capdeboscq. Os tratamentos foram: ‘Vaso Aberto’ com espaçamento de 5 x 3,5 m; ‘Y’ (5 x 1,5 m); ‘Líder Central’ (5 x 8,0 m); ‘Duplo Líder’ (5 x 1,2 m); ‘Triplo Líder’ (5 x 1,4 m); ‘Quádruplo Líder’ (5 x 1,6 m); e, ‘Guyot’ (5 x 2,0 m). Com três repetições, contendo 3 plantas em cada repetição. As variáveis analisadas foram; Potencial hídrico xilemático, mensurado com uma câmera de pressão tipo Scholander; Diâmetro do líder, obtido através do diâmetro do tronco do líder no início do ciclo da planta, 5 cm acima da inserção do líder; Número de frutos (NF), por planta; Diâmetro médio do fruto (DMF), com paquímetro digital, sendo duas medidas em sentidos opostos, em uma amostra de 15 frutos por planta (mm); Produtividade estimada, obtida pela multiplicação da produção de cada planta pela população de plantas em hectare (kg.ha-1). O fluxo xilemático, não apresentou variação significativa entre os tratamentos, com uma média de 7,30 Mpa. Enquanto que para o diâmetro dos líderes, a condução em Y apresentou maiores diâmetros (18,82mm), diferindo somente do sistema Guyot que apresentou o menor diâmetro (11,97mm), não diferindo dos demais. Para o NF, verificou-se que o sistema de condução triplo líder apresentou-se superior (33,55 frutos.plantas-1), diferindo somente do sistema de condução em líder central (17,77 frutos.plantas-1), o qual também não diferiu dos demais. O DMF entre os diferentes sistemas de condução apresentou diferenças, onde os sistemas Líder Central e Triplo Líder registraram os maiores DMF (52,79 e 51,88 mm, respectivamente), diferindo somente dos frutos oriundos das plantas conduzidas em sistema de vaso aberto (46,21mm), sendo este sistema que apresentou o menor resultado, não diferindo apenas do sistema em Y e Duplo líder. Comportamento semelhante foi verificado para a produtividade, onde as conduções de planta em Líder central e Triplo líder foram mais produtivas, com uma média estimada de 2,57 e 2,56 toneladas por hectare, respectivamente e o sistema de condução em vaso aberto, apresentou a pior produtividade (0,77 t.ha-1). Conclui-se que estruturas como Líder Central e Triplo Líder, mesmo que apresentem menor número de frutos, podem favorecer para a formação de frutos maiores devido à distribuição eficiente de recursos na planta e como consequência, maior produtividade. Já sistemas menos eficazes, como Vaso Aberto, podem resultar em frutos menores, refletindo menor alocação de recursos para a formação dos frutos.

Publicado
18-05-2024