Avaliação produtiva de amoreira-preta nas condições de Chapecó e região

  • Wilvens Antoine
  • Moisés de Abreu Barbosa
  • Jean do Prado
  • Luciano Pessoa de Almeida Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Braian O. Wahlbrinck
  • Clevison Luiz Giacobbo

Resumo

A amoreira-preta (Rubus spp.), uma planta arbustiva da família Rosaceae, destaca-se como uma excelente opção para a agricultura familiar devido ao baixo custo de implementação e ao alto rendimento. O objetivo com este trabalho foi avaliar o volume médio de frutos, massa seca e verde e a produtividade de cinco cultivares de amora-preta. O experimento foi conduzido no período de 2022/23 na área experimental da UFFS, campus Chapecó, com um delineamento inteiramente casualizado. As cultivares avaliadas foram Cherokee, BRS-Guarani, BRS-Tupy, BRS-Xavante e BRS-Xingu, colhidas em seus estágios  ideais de maturação para consumo in natura. Cada tratamento consistiu em cinco repetições, totalizando cinco plantas. O espaçamento de plantio adotado foi de 0,40 x 2,00 metros entre plantas e linhas, resultando em 12.500 plantas por hectare. Variáveis analisadas: Produtividade estimada (ton ha-1), Tamanho de frutos em volume verificado o volume médio de fruta com uso de proveta de 100 mL (A diferença no volume de água foi dividido pelo número de frutas adicionadas na proveta), massa verde e massa seca realizado com o peso de 5 frutas frescas e após colocado para secar em estufa de secagem até atingir peso constante e após realizado a pesagem e determinado a massa seca. Conforme dados obtidos para a produtividade das diferentes cultivares de amoreira, observou-se que as cinco cultivares não apresentaram diferenças significativas, com uma média de produção por hectare de 45.074,2 t ha-1. Para o volume médio de fruto, a cv. BRS-Tupy mostrou-se superior aos demais, com um resultado de 6,20 cm3, porém não diferindo das cultivares Cherokee e BRS-Xingu. Quanto à massa verde de frutos, a cv. BRS-Tupy apresentou melhores resultados, não diferindo somente das cultivares Cherokee e Xavante, resultado semelhante foi observado para a massa seca, porém diferindo somente da  cv. Xingu que se mostrou inferior. Considerando os resultados obtidos, embora não apresentaram diferenças na produtividade, mas em relação ao tamanho das frutas, massa verde e massa seca a cultivar BRS-Tupy, compensa a produção, com frutos maiores, variável importante na hora da escolha dos frutos, pelo consumidor e/ou indústria.

Publicado
18-05-2024