Diferentes Conduções de Pessegueiro para Noroeste Gaúcho

  • Vitor Gabriel Trevizan CESURG
  • Thiago Vinicius Rech
  • Juçara Elza Hennerich
  • Paulo Roberto Machado
  • Clevison Luiz Giacobbo
  • Jean do Prado

Resumo

O pessegueiro (Prunus persica) é amplamente cultivado em diversos países, incluindo o Brasil, onde o Rio Grande do Sul se destaca como o maior produtor nacional. Dentro dessas áreas de cultivo, são empregados diferentes métodos de condução. O presente trabalho teve como objetivo avaliar três diferentes sistemas de condução para pessegueiro no noroeste gaúcho quanto a produtividade por hectares e sólidos solúveis totais central. O pomar experimental foi implantado em 2021, no pomar didático da área experimental do Campus Sarandi-RS, Centro de Ensino Superior Riograndense – CESURG, cujos pessegueiros ‘Rubimel’ enxertados sobre ‘Capdeboscq’, em triplo líder, espaçamento entre plantas de 5 x 0,8 m (2500 plantas ha-1); em líder central, espaçamento de 5 x 0,8 m (2500 plantas ha-1), em guyot/múltiplos líderes, espaçamento de 5 x 2,0 m (1.112 plantas ha-1). O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com três tratamentos e três repetições para cada condução, cada repetição foi constituída por cinco plantas, sendo avaliada apenas três plantas centrais do ciclo 2021/2022. As variáveis analisadas foram sólidos solúveis totais utilizando 15 frutos por planta e produtividade por hectare obtida pela multiplicação da produção de cada planta pela população de plantas em hectare (t. ha-1) e Diâmetro médio do fruto, com um paquímetro digital, sendo duas medidas em sentidos opostos, em uma amostra de 15 frutos por planta, expressos em mm. Os dados obtidos foram testados quanto à normalidade e posteriormente submetidos à análise de variância pelo teste F e, quando significativos, submetidos à comparação por meio do teste de Tukey à 5% de probabilidade. Foram analisados os sólidos solúveis totais, a produtividade por hectare e o diâmetro médio do fruto. Os dados, depois de submetidos à análise estatística, os resultados indicaram que não houve diferença significativa nos sólidos solúveis totais entre os tratamentos. No entanto, em relação à produtividade por hectare, os sistemas de condução em líder central e triplo líder apresentaram as maiores médias no primeiro ano, com 2,56 e 2,57 toneladas por hectare, respectivamente, enquanto a condução em guyot registrou a menor produção. Quanto ao diâmetro médio do fruto, as conduções em triplo líder e líder central obtiveram os maiores tamanhos, com 51,88 mm e 52,79 mm, respectivamente, enquanto a condução em guyot resultou em frutos menores, com 50,91 mm. Esses resultados destacam a importância de selecionar o sistema de condução adequado, uma vez que diferentes métodos podem influenciar tanto nas características dos frutos quanto na produtividade do pomar.

Publicado
17-05-2024