Avaliação da Cultivar de Amora BRS-Xingu em Diferentes Sistemas de Condução Para a Região Noroeste Riograndense
Resumo
A amoreira-preta (Rubus spp) é uma planta arbustiva de porte ereto que produz frutos pretos e agregados, o Rio Grande do Sul hoje já possui a maior área cultivada do país dessa espécie, isso somado interesse pelo consumo da fruta gerou um aumento na área produzida no estado. Por ser uma cultura em expansão, há pouca informação atualizada a respeito da produção e da área plantada. objetiva-se com esse trabalho avaliar uma cultivar de amoreira-preta sobre diferentes sistemas de condução, para o noroeste do Rio Grande do Sul. O experimento foi conduzido no pomar da área de fruticultura da faculdade CESURG-Sarandi (Centro de Ensino Superior Riograndense), o delineamento experimental foi inteiramente casualizado, constituído por diferentes tipos de condução. Os tratamentos foram formados por uma cultivar de amoreira preta (BRS-Tupy) com quatro repetições, para cada tipo de condução, sendo cada repetição composta por três plantas, conduzidas em sistema de espaldeira em T, espaldeira simples e ausência de condução, com espaçamento de 1,50 x 3,00 entre plantas e linha de plantio respectivamente. Os frutos de amoreira foram colhidos no seu estágio de maturação, período que engloba o período de frutificação de todas as cultivares, cada planta foi colhida individual a fim de identificar a produção por área (t/ha), também avaliou-se quantidade de sólidos solúveis totais obtidos e tamanho de fruto. Os dados obtidos serão submetidos a o teste de Shapiro Wilk para testar quanto à normalidade dos dados, posteriormente será testado a variância por ANOVA e se significativos submetido a comparação por meio do teste Tukey a 5% de probabilidade. Para a produtividade por hectare, as conduções que mais obtiveram produção foram espaldeira T e espaldeira com 0,799 e 0,735 T/ha, tendo com menores valores para o tratamento de ausência de condução com 0,632 t/ha. Já para a quantidade de sólidos solúveis espaldeira T foi superior, alcançando 11,26 Brixº. Em contraste, o sistema de espaldeira apresentou uma média de 8,53 Brix°, inferior ao da espaldeira T, mas superior à ausência de condução, que registrou a menor concentração de Brix°, com uma média de 6,63 Brix°. Quanto ao tamanho dos frutos não foi observada diferença estatística, indicando uma uniformidade nos três sistemas de condução analisados. Este padrão de tamanho semelhante, independentemente do método de condução, destaca a estabilidade nas características físicas dos frutos da cultivar Tupy. Estes resultados demonstram a importância de pensar nos diferentes sistemas de condução para a amora no noroeste gaúcho.