Atributos de floração de variedades de oliveira em Rancho Queimado, Santa Catarina
Resumo
A olivicultura no estado de Santa Catarina ainda é incipiente, mas surge como alternativa promissora para a diversificação agrícola. A adaptação das oliveiras ao clima subtropical úmido catarinense passa pela compreensão do processo de floração nessas condições. O objetivo deste trabalho foi caracterizar aspectos da floração de oliveiras cultivadas em Rancho Queimado, Santa Catarina, durante a safra 2023/24. Dez plantas de cada uma das variedades Arbequina, Arbosana e Koroneiki foram monitoradas durante a fase de floração em olival comercial da Quinta do Vienzo, implantado em 2018. Foram avaliados os atributos de intensidade de floração (expresso pela porcentagem da área da copa coberta com flores e comparada com a escala AA. VV.), a quantidade de flores por inflorescência e a porcentagem de flores hermafroditas (perfeitas) e estaminadas (imperfeitas). Arbequina e Koroneiki apresentaram intensidade de floração média (49,00%), enquanto Arbosana teve 24,75% da copa coberta, porcentagem considerada baixa. Quanto ao número de flores por inflorescência, os maiores valores foram registrados para Arbosana, com 18,99 flores, seguida por Koroneiki e Arbequina com 14,61 e 14,43, respectivamente. A proporção de flores hermafroditas foi maior para Arbequina, com 89,74%, e Arbosana, com 87,45%. Koroneiki expressou a maior porcentagem de flores estaminadas durante a safra 2023/24 entre as variedades estudadas, com 15,82%. Arbequina e Koroneiki apresentaram floração mais intensa, com maior potencial de produção de frutos. Arbosana, mesmo com menor intensidade de floração, teve destaque pela maior quantidade de flores por inflorescência e de flores hermafroditas, indicando boa capacidade de autofecundação. Os resultados deste trabalho destacam o potencial do cultivo das variedades Arbequina, Arbosana e Koroneiki, evidenciando a importância da compreensão da floração das oliveiras no contexto do clima subtropical úmido.