Manejo de doenças foliares da macieira através do controle de plantas daninhas

Manejo de doenças através do controle de plantas daninhas

  • Leonardo Araujo Epagri - Estação Experimental de São Joaquim
  • Felipe Augusto Moretti Ferreira Pinto Empresa de Pesquisa e Extensão Rural (Epagri)/ Estação Experimental de São Joaquim
  • Tiago Miqueloto Empresa de Pesquisa e Extensão Rural (Epagri)/ Estação Experimental de São Joaquim
  • Cristiano João Arioli Empresa de Pesquisa e Extensão Rural (Epagri)/ Estação Experimental de São Joaquim
  • Zilmar da Silva Souza

Resumo

Um bom controle de plantas daninhas pode determinar os níveis de epidemias de doenças que ocorrem nos pomares. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a incidência das doenças foliares em plantas de macieira submetidas a diferentes estratégias de controle de plantas daninhas durante a formação de pomares em dois ciclos produtivos. O experimento foi conduzido na área da Estação Experimental de São Joaquim (EPAGRI), em pomar da cv. Gala e Fuji implantado em 2021. Foram avaliadas as seguintes estratégias em plantas da cv. Gala: T1-Testemunha roçada em OUT/DEZ/FEV; T2-Testemunha capinada em OUT/DEZ/FEV; T3-Cobertura do solo com plástico preto em OUT; T4-Cobertura circular na planta (Pizza) em OUT; T5-Herbicidas pós-emergente em OUT (Roundup WG®+Poquer®)/DEZ(Finale®)/FEV(Finale®). Em plantas da cv. Fuji foram testados: T6-Testemunha roçada em OUT/DEZ/FEV; T7-Testemunha capinada em OUT/DEZ/FEV; T8-Cobertura do solo com TNT preto em OUT; T9-Cobertura do solo com lona tipo ráfia em OUT; T10-Herbicidas pré-emergente em OUT ((Roundup WG®+Poquer®) e 15 dias após Alion®)). Na cv. Gala em fevereiro de 2022 foi observado maior incidência de doenças foliares no T2, enquanto o tratamento T3 afetou negativamente à ocorrência das mesmas. Na cv. Fuji foi observado maior incidência de doenças no T8, enquanto o T10 foi o tratamento que mais reduziu as epidemias foliares. Na cv. Gala em fevereiro de 2023 o tratamento T5 apresentou maior incidência de doenças, enquanto o tratamento T4 afetou negativamente à ocorrência das mesmas. Na cv. Fuji no T10 ocorreu maior incidência de doenças, enquanto o T6 foi o que mais reduziu as epidemias foliares. No presente estudo demonstramos que o manejo das plantas daninhas pode interferir na incidência das doenças foliares, provavelmente pela redução de inóculo inicial em restos vegetais e/ou desfavorecimento de microclima nos ramos mais baixeiros da macieira, embora outros estudos devem ser conduzidos para confirmação destas hipóteses.

 

 

Biografia do Autor

Leonardo Araujo, Epagri - Estação Experimental de São Joaquim
Possui graduação em Agronomia (2007) e mestrado em Recursos Genéticos Vegetais (2010) pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutorado (2014) e Pós-Doutorado (2015) em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa.
Publicado
11-05-2024