Trevo-branco (Trifolium repens) e o manejo de plantas daninhas em pomares de macieira

  • Zilmar da Silva Souza EPAGRI
  • Marcelo Goulart Souza Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC-CAV)
  • João Felippeto Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)
  • José Masanori Katsurayama Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

Resumo

O trevo-branco (Trifolium repens) é uma das principais espécies de cobertura em pomares de macieira na Serra Catarinense. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes manejos de plantas daninhas (PD) na sobrevivência e recuperação do trevo-branco em pomar de macieira. O experimento foi conduzido em São Joaquim, SC, em pomar da cv, Fuji com 10 anos na safra 2022/23. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, 12 tratamentos, quatro repetições e parcelas de 6,00 x 3,00 m. Foram avaliados os tratamentos (manejos) com roçada mecânica, capina manual, cobertura de plástico e os herbicidas glifosato (Roundup WG®) e glufosinato de amônio (GA) (Finale®) em aplicações isoladas ou associados com cletodim (Poquer®), saflufenacil (Heat®) ou indaziflam (Alion®) (pré-emergente) nas doses de bula. As aplicações foram realizadas nas primeiras quinzenas de outubro, dezembro e fevereiro. As principais PD na 1ª aplicação, além do trevo-branco foram azevém (Lolium multiflorum) e capim-lanudo (Holcus lanatus). As avaliações de controle e cobertura do solo com trevo-branco e outras PD foram realizadas aos 4, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 60, 90, 120 e 150 dias após a aplicação (DAA), mediante avaliações visuais com notas de 0% (ausência) a 100% (controle total). A quantificação das espécies foi realizada aos 30, 90, 150 DAA e agosto de 2023. O manejo com roçadas mecânicas favoreceu a recuperação e predominância do trevo-branco. A capina manual e a cobertura de plástico impediram a sobrevivência da espécie. Os manejos com herbicidas não foram suficientes para a completa eliminação. Com GA e saflufenacil ocorreu completa recuperação do trevo-branco, com glifosato isolado recuperação parcial e com glifosato e indaziflam baixa sobrevivência. Portanto, o manejo com roçadas mecânicas e o uso de herbicidas de contato favoreceram a sobrevivência e manutenção do trevo-branco na cobertura do solo. Além disso, nenhum tratamento com herbicidas sistêmicos eliminou completamente.

Publicado
11-05-2024