PINTA PRETA: CONTROLE EM CAMPO COM ÓLEO MINERAL EM MISTURA COM FUNGICIDAS A BASE DE COBRE E ESTROBILURINAS
Resumo
As laranjas são de grande importância na alimentação da população, sendo uma das frutas mais consumidas no mundo e fonte de vitamina C. Mas para suprir essa demanda crescente da fruta, é necessário atenuar as perdas produtivas, principalmente causadas por fitopatógenos fungicos. Um exemplo é a Mancha Preta do Citros (Guignardia citricarpa), que pode causar grandes reduções da produção e qualidade de frutos, com isso, o objetivo do trabalho buscou conhecer melhor a eficácia no controle da pinta preta em campo e em pós-colheita. Para tanto, foram utilizados a campo os tratamentos de cobre e estrobilurina associados, ou não, com óleo mineral, a área experimental foi delineada com: cinco tratamentos, distribuído em cinco blocos casualizados, contendo nove plantas em cada. Foi avaliada a planta central, sendo o restante plantas de bordadura. Os tratamentos foram: T1 controle (sem tratamento); T2 cobre; T3 cobre com óleo; T4 estrobilurina; T5 estrobilurina com óleo. Com isso, foi possível observar que as aplicações de cobre sem óleo propiciaram baixo controle do fungo, já as aplicações de estrobilurina em associação com óleo mineral propiciaram melhor controle do fungo, pois a estrobilurina mesmo não sendo completamente sistêmica, tem a capacidade de penetrar nas células sendo redistribuída localmente no tecido, comportamento que não é observado com fungicidas a base de cobre. Acredita-se que a capacidade protetora do cobre foi inferior em relação a estrobilurina, devido ao cobre ter somente capacidade protetora superficial, então, realizar aplicações após a inoculação e penetração do fungo provavelmente não trará bons resultados de controle, pois, após infecção, o cobre não penetra nas células da casca de eficientemente para interromper a infecção do fungo, mesmo realizando as aplicações a cada 28 dias.
Palavras-chave: citricultura, tratamento, fungo.