Severidade da virose do endurecimento dos frutos do maracujazeiro em diferentes densidades de plantio
Resumo
Santa Catarina é um dos principais produtores de maracujá-azedo e destaca-se pela qualidade das frutas para o mercado in natura e pelo sucesso na implementação de estratégias de mitigação da virose do endurecimento dos frutos do maracujazeiro (VEFM). Escalas descritivas auxiliam nas estimativas de severidade para quantificar a VEFM, o e podem auxiliar na tomada de decisão quanto a eliminação de plantas sintomáticas. O objetivo deste estudo foi avaliar a severidade da VEFM em diferentes densidades de plantio do maracujazeiro ‘SCS437 Catarina’. O pomar foi implantado na Epagri em Chapecó em 15/09/2022, com mudas de 180cm, em espaçamento de 3,0m entre linhas e 0,5m, 1,0m, 1,5m e 2,0m entre plantas (D1, D2, D3 e D4), em delineamento inteiramente casualizado com 12 repetições. O manejo do pomar foi realizado de forma uniforme, com podas de formação, adubação de cobertura parcelada e aplicação de fungicidas e inseticidas registrados. As avaliações foram realizadas em junho de 2023, obtendo dados das variáveis: carga de frutos (1 - muita; 2 - média; 3 - pouca; 4 - ínfima ou zero); sintomas nos frutos (1 - sem sintoma; 2 - ligeiramente deformado, mas em poucos frutos; 3 - metade dos frutos deformados; 4 - frutos pequenos, com bolhas e endurecidos); aparência geral das plantas (1 - vigorosa, com bastante folhagem; 2 - 25% de sintomas; 3 - 50% de sintomas; 4 - 75% de sintomas; 5 - desfolhada, definhando, raquítica); sintomas nas brotações (1 - sem sintoma; 2 - leves, pouca bolha e mosaico; 3 - muitas bolhas, deformação das folhas e mosaico severo; 4 - ramos sem folhas). Os dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis e as médias comparadas e agrupadas pelo teste t-Student (α = 0,05). O pomar iniciou a produção em março de 2023 e atingiu seu pico em junho do mesmo ano, quando se constatou alta incidência de sintomas da VEFM. A safra apresentou o pior cenário de plantas com sintomas de VEFM em todo histórico da área (2019-2023) A carga de frutos foi menor na D3 em comparação aos demais tratamentos. Os sintomas nos frutos foram mais severos em D4, que não diferiu de D3, cujos sintomas não diferiram de D1 e D2. A aparência geral das plantas em D2 foi superior a D1, mas ambos não diferiram de D3 e D4. Os sintomas nas brotações não diferiram. De maneira geral, os tratamentos de menor espaço entre maracujazeiros mostraram menor severidade da VEFM.