Rendimento de borbulhas de plantas matrizes de citros certificadas enxertadas em dois porta-enxertos

  • Luana Aparecida Castilho Maro Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
  • Keny Henrique Mariguele

Resumo

A produção catarinense de mudas cítricas tem aumentado nos últimos anos, e a Epagri auxilia o setor com o fornecimento de material propagativo desde a década de 80. Para atender a legislação vigente, plantas matrizes foram formadas a partir de sementes e borbulhas de cultivares inscritas no Registro Nacional de Cultivares (RNC), oriundas de plantas básicas com origem genética comprovada, em vasos com capacidade para 120L. Citrumeleiro Swingle e trifoliateiro Flying Dragon foram utilizados como porta-enxertos. IPR 157 (laranja Valência 105); IPR 165 (lima-acída Tahiti); IPR 170 (tangerina Poncã); IPR 171 (tangerina mexerica Montenegrina), IPR 172 Folha Murcha; IPR 173 (tangerina Satsuma Okitsu) e IAC 2009 Dekopon constituíram as copas. Realizou-se a contagem do número de borbulhas de todas as hastes em estádio de maturação adequado para de cada combinação – copa/porta-enxerto. As análises foram feitas no R a partir do pacote ggplot2 com gráfico de barras e intervalos de confiança a 5%. Verificou-se que plantas enxertadas em ‘Swingle’ obtiveram maiores rendimentos de borbulhas. Possivelmente, em função do poder ananicante do ‘Flying Dragon’. ‘Mexerica Rio’, ‘Satsuma Okitsu’ e ‘Tahiti’ apresentaram os maiores rendimentos médios de borbulhas, quando em combinação com ‘Swingle’, cujos valores foram 987, 936 e 870, respectivamente. Assim como, os maiores valores médios obtidos na combinação com ‘Flying Dragon’ foram ‘Mexerica Rio’ (913) e ‘Lima-ácida Tahiti’ (600). Na formação de matrizes cítricas e até mesmo borbulheiras dois importantes parâmetros devem ser observados: a quantidade de borbulhas produzidas e a facilidade de manejo dessa matriz no que tange o seu desenvolvimento no vaso. No caso de plantas que não podem ter o seu certificado de inscrição renovado para além dos 5 anos previstos pela legislação é interessante optar por porta-enxertos que promovam maior desenvolvimento da copa e por conseguinte maior produção de hastes porta-borbulhas.

Biografia do Autor

Luana Aparecida Castilho Maro, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
Engenheira agrônoma graduada pela Universidade Estadual de Montes Claros (2007), mestre em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa (2010), doutora em Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras (2011) e pós-doutora pela mesma instituição em 2013. Possui Formação Pedagógica em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela Universidade Vale do Rio Verde (2012). Possui experiência na área de fruticultura com ênfase em tratos culturais, manejo e fisiologia pós-colheita. É pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri, Estação Experimental de Itajaí, com projetos na área de citricultura e bananicultura.
Publicado
26-06-2022