Fungicidas no manejo do míldio da videira em São Joaquim, Santa Catarina

  • Felipe Augusto Moretti Ferreira Pinto EPAGRI
  • Leonardo Araujo
  • Mariuccia Schlichting de Martin
  • José Masanori Katsurayama
  • Emilio Brighenti
  • Zilmar da Silva Souza

Resumo

O ambiente com boas condições climáticas para produção de uvas em São Joaquim para vinhos finos também favorece o desenvolvimento de doenças. O míldio da videira, causado pelo oomiceto Plasmopara viticola, é a principal doença que atinge as videiras cultivadas na região. Os principais sintomas são observados em folhas, flores e frutos. Nas folhas surgem manchas de óleo na face superior, de coloração verde-claro e na face inferior correspondente, aparecem estruturas esbranquiçadas. As áreas da folha infectada sofrem dessecamento e tornam-se marrons. Frequentemente, as folhas afetadas caem de forma prematura. Pode causar a deformação das inflorescências e em bagas, comprometendo a produção das plantas. Dessa maneira o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficiência de fungicidas no manejo do míldio da videira. O experimento foi conduzido em vinhedo da Estação Experimental de São Joaquim entre dezembro de 2018 e abril de 2019, utilizando plantas de videira cultivar Cabernet Sauvignon com 14 anos de idade. As plantas foram pulverizadas com os seguintes tratamentos (doses para 100 L de água): testemunha (sem pulverizações), bentiavalicarbe isopropílico + clorotalonil (100 mL, Totalit®), bentiavalicarbe isopropílico + clorotalonil (125 mL, Totalit®), cimoxanil + mancozebe (250g, Curzate®), dimetomorfe (100 mL, Forum®), mancozebe + metalaxil-M (250 g, Ridomil Gold®). O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições por tratamento. A inoculação do míldio ocorreu de forma natural. Para avaliação da doença, foram selecionados dez ramos terminais ao acaso e foi determinada a incidência em dez folhas/ramo. Todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha, desempenhando bom controle no presente trabalho. Dessa maneira, os produtos testados podem ser utilizados no manejo, sempre associados a outros métodos para que ocorra o melhor manejo da doença nos vinhedos.

Publicado
26-06-2022