Controle químico da entomosporiose em pereiras cultivadas em São Joaquim, Santa Catarina

  • Felipe Augusto Moretti Ferreira Pinto EPAGRI
  • Leonardo Araujo
  • Mariuccia Schlichting de Martin
  • José Masanori Katsurayama
  • Emilio Brighenti
  • Zilmar da Silva Souza

Resumo

O ambiente favorável para produção de peras na região Sul do Brasil também favorece o desenvolvimento de doenças de origem fúngica. A entomosporiose, causada por Diplocarpon mespeli, é a principal doença que atinge as pereiras europeias cultivadas na região. Os sintomas em folhas são caracterizados por lesões pequenas, avermelhadas ou arroxeadas. Com o desenvolvimento da doença as manchas aumentam e se tornam escuras. Em condições severas de infecção as folhas apresentam aspecto necrótico e caem, ocasionando a desfolha precoce. Dessa maneira o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficiência de fungicidas no manejo da entomosporiose. O experimento foi conduzido em pomar da Estação Experimental de São Joaquim entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020, utilizando plantas de pereira cultivar Packham's Triumph com 22 anos de idade, que foram pulverizadas com os seguintes tratamentos (doses para 100 L de água): testemunha (sem pulverizações), Captana (250g, Captan®), Fluazinam (100mL, Frowncide®), Fluazinam + Tiofanato metilico (100mL, Approve®), Mancozeb (250g, Dithane®), Tiofanato metilico (70g, Cercobin®). O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições por tratamento. A inoculação da entomosporiose ocorreu de forma natural. Para avaliação da doença, foram selecionados dez ramos terminais ao acaso e foi determinada a incidência em dez folhas/ramo. Todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha, desempenhando bom controle no presente trabalho. Dessa maneira, todos os produtos testados poderiam ser utilizados no manejo, sendo associados a outros métodos para que ocorra o melhor manejo da doença nos pomares.

Publicado
26-06-2022