Tolerância ao frio de cultivares de macieira em dois ambientes de cultivo em região de clima subtropical

  • Rafael Henrique Pertille 1Doutorando do Programa de Pós Graduação em Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco (UTFPR - PB)
  • Laise de Souza de Oliveira Doutorando do Programa de Pós Graduação em Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco (UTFPR - PB)
  • Jéssica de Camargo Broch Acadêmico de Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco (UTFPR - PB)
  • Idemir Citadin Professor do Programa de Pós Graduação em Agronomia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco (UTFPR - PB)

Resumo

No estabelecimento da dormência em macieiras ocorre concomitantemente a aclimatação das plantas, fazendo com que os tecidos fiquem mais tolerantes ao frio. No entanto ainda é um processo desconhecido em condições subtropicais. Assim o objetivo do trabalho foi analisar a dinâmica da tolerância ao frio em esporões de diferentes cultivares de macieiras cultivadas em dois ambientes. O trabalho foi realizado na região de Palmas – PR, em pomar localizado a 1140 m de altitude (Lovo) e a 1310 m de altitude (Horizonte). As cultivares estudadas foram Eva, Gala e Fuji no Lovo, e Gala e Fuji no Horizonte. Quinzenalmente, de abril a outubro foram coletados esporões das plantas. Foram enrolados em papel umedecido e em papel alumínio 6 amostras de 8 esporões, sendo uma amostra como testemunha, mantida em câmara a 5 ºC, e as outras amostras levadas para congelamento em banho termostático até as temperaturas -3, -8, -13, -18 e -23 ºC (-5 ºC/hora), mantendo-as por uma hora na temperatura de tratamento. Após o congelamento as amostras foram descongeladas em temperatura de 5 ºC por 24 horas e mantidas por 5 dias em câmara de crescimento com temperatura de 25 ºC para oxidação dos tecidos danificados. A avaliação ocorreu aplicando-se notas de 0 a 4, dependendo do dano ocorrido. A temperatura necessária para atingir 50% de dano (Tl50) foi obtida por meio de modelo não-linear de 4 parâmetros. A cultivar Eva demonstrou baixa aclimatação, atingindo valores máximos de Tl50 de -9,9 ºC, permanecendo sempre apta para a brotação. A cultivar Gala apresentou diferenças no Tl50 em relação aos locais, atingindo valores de Tl50 de -16,9 ºC no Lovo e -21,9 ºC no Horizonte. A cultivar Fuji apresentou tolerância ao frio semelhante entre os locais, atingindo valores abaixo de -23 ºC na metade de julho. As cultivares Gala e Fuji, apresentaram maior aclimatação, adquirindo tolerância até o pico de dormência, e depois ocorrendo uma desaclimatação até a brotação. A cultivar Eva apresentou baixa aclimatação.

Publicado
26-06-2022