Diferentes manejos com plantas de cobertura na incidência de plantas invasoras na cultura da videira

  • Giovani Inacio Gonçalves de Oliveira Universidade Comunitária da Região de Chapecó- UNOCHAPECO

Resumo

O presente trabalho apresenta um estudo realizado em diferentes manejos com plantas de coberturas na incidência de plantas invasoras na cultura da videira nos municípios de Alpestre, Iraí e Frederico Westphalen. Na cultura da videira os produtores não manejam com plantas de cobertura, optando pelo manejo com herbicidas. Alguns tradicionais não fazem manejo da cobertura vegetal, deixando plantas nativas, o que se prolifera na maioria das vezes são poáceas de difícil controle e normalmente bastante agressivas. Quando o solo está desprotegido aparecem plantas invasoras indesejáveis como Buva, Guaxumba, Trapoeraba, Capim Rabo de Burrro, Capim Colonião dentre outras, consequente uso de herbicidas torna-se a forma de controle utilizada. O objetivo do trabalho foi verificar o aparecimento das principais plantas daninhas em diferentes épocas do ano sob diferentes manejos de plantas de cobertura vegetal. Foram selecionadas 24 propriedades com cultivo de videira na região descrita. Cada propriedade com pelo menos 3 (três) anos de manejo de cobertura de aveia, nabo, cobertura mista, azevém, uso de herbicidas e plantas nativas. Cada sistema utilizou-se 4 repetições. Foi avaliado o aparecimento de plantas daninhas no início da primavera, do verão e do outono. De acordo com os resultados observa-se que as coberturas mista, aveia e azevém retiveram mais o aparecimento de plantas daninhas em todo o ciclo de crescimento das videiras, todas com menos de 5 (cinco) plantas m² nos três levantamentos. A cobertura de nabo não foi efetiva no controle de plantas daninhas no início do ciclo de brotação das videiras, na faze inicial de crescimento, sendo que a incidência de mais de 20 plantas m² área. O uso de plantas nativas controlou no início do ciclo, provavelmente na sua faze mais agressiva, porém aparecendo plantas daninhas no final do ciclo de crescimento. No caso das plantas de cobertura a incidência de capim colonião e capim rabo de burro são acima de 20 plantas m². No manejo com herbicidas a incidência destas plantas e acima de 30 plantas m². Nos manejos com herbicidas e plantas nativas houve o aparecimento de trapoeraba o que pode ser benéfico para cobertura no outono. Nos resultados podemos evidenciar o baixo número de plantas daninhas no manejo com azevém, devido ao ciclo mais longo.

 

 

Palavras-chave: Alelopatia, Plantas de cobertura, Ervas Daninhas

 

Publicado
26-06-2022