Eficiência de tratamentos de inverno no controle da cochonilha piolho-de-são-josé

  • Valdecir Perazzoli Epagri
  • Alexandre Carlos Menezes Netto
  • Maria Rosa dos Santos Costella
  • André Luiz Kulkamp de Souza

Resumo

O piolho-de-são-josé, Comstockaspis perniciosa, é uma praga que atinge pomares nas regiões produtoras de frutíferas de clima temperado e os tratamentos de inverno são a principal estratégia de controle. Diante do exposto, este trabalho objetivou avaliar a eficiência de tratamentos de inverno no controle desta cochonilha-praga. O experimento foi realizado no município de Pinheiro Preto/SC, na safra 2017/2018, em pomar comercial de pêssego da cv. PS10711, com sistema de condução em Y (túnel) e densidade de 1388 plantas por hectare. Foram avaliados 12 tratamentos, assim denominados: T1: Testemunha (água), T2: Calda sulfocálcica 5%, T3: Calda sulfocálcica 8%, T4: Calda sulfocálcica 10%, T5: Calda sulfocálcica 15%, T6: Calda sulfocálcica 20%, T7: Óleo mineral 1,0%, T8: Óleo mineral 1,5%, T9: Óleo mineral 2,0%, T10: Óleo mineral 1% + Malationa (1000 g.L-1) 0,15%, T11: Óleo mineral 1% + Tiametoxam (250 g.Kg-1) 0,3%, T12: Óxido cuproso (560g.Kg-1) 0,35%. Cada tratamento foi constituído de cinco repetições contendo uma planta cada, em delineamento experimental de blocos completamente casualizados. Realizou-se uma pulverização de cada produto na fase de dormência, até o ponto de escorrimento. Um mês após a aplicação foram selecionadas aleatoriamente em cada planta, 100 carapaças completamente formadas da cochonilha, verificando a quantidade de fêmeas mortas (% mortalidade). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p ≤ 0,05). A associação do óleo mineral 1% e o inseticida malationa 0,15% (T10) foi mais eficaz, com 99,4% de controle. A calda sulfocálcica a 10% (mort. 86,8%) e 15% (mort. 89,4%) tiveram boa eficiência não diferindo entre si. O óxido cuproso (T12) não possui efeito para o controle da cochonilha piolho-de-são-josé durante o inverno (mort. 10,4%), não se diferenciando da testemunha (mort. 8%). Os tratamentos T6, T8 e T9 não são recomendados por causarem fitototoxidez. A sinergia obtida com o inseticida e óleo (T10; 99,4 %) foi mais eficaz.

Publicado
26-06-2022