Necessidade de cura e de regulador de crescimento no enraizamento de Pitaya Amarela

  • Meiriane Oliveira de Moraes UEMS
  • Daniel Lima da Silva
  • Euler Ferreira Machado
  • Adriana de Castro Correia da Silva

Resumo

Com a crescente demanda mundial por frutas exóticas, a pitaya amarela (Hylocereus megalanthus) tem se destacado por ser rústica e altamente adaptável às diferentes condições edafoclimáticas do Brasil. Uma vez que não é viável a utilização de sementes na produção de mudas desta espécie, a estaquia é a forma de propagação utilizada, uma vez que gera uniformidade das plantas obtidas e rápida frutificação. É necessário avaliação de técnicas que auxiliem no sucesso da produção das mudas, desta forma o objetivo desse trabalho foi avaliar a necessidade da realização do processo de cura das estacas bem como a utilização de ácido indolbutírico (AIB) no processo. O experimento foi conduzido na área Experimental de Fruticultura da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade de Aquidauana, durante os meses de outubro de 2021 a janeiro de 2022.  Cladódios de pitaya foram colhidos e seccionados em estacas de 20 cm, e armazenadas em ambiente coberto e fresco por sete dias, para o processo de cura. Ao final do processo, foram colhidos o restante dos cladódios e preparadas as estacas que compuseram o tratamento sem cura.  As estacas (com e sem cura) foram tratadas com solução hidroalcóolica de AIB, com imersão de sua base por 5 segundos. Foram  avaliadas três concentrações do regulador (0,1000, 3000 e 5000 mg/L-1, e realizada a estaquia em canteiros de areia, com 50% de sombra fornecida por tela de sombreamento. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 4, sendo o primeiro fator a realização ou não de cura e o segundo fator as doses de regulador vegetal. Aos 30 e 60 dias foram realizadas as seguintes avaliações: porcentagem de sobrevivência (PS), comprimento dos brotos (CB), comprimento do maior broto (CMB). Após os 90 dias foram avaliadas a porcentagem de enraizamento (PE), número de raízes por estaca (NR), comprimento da maior raiz (CMR), massa fresca das raízes (MFR), volume de raiz (VR) e massa seca das raízes (MSR). Não houve interação entre os fatores avaliados. Os tratamentos que receberam e não receberam o processo de cura não diferiram significativamente entre si, para as variáveis avaliadas. Não houve diferença estatística, entre as doses de AIB, apenas para a variável volume de raiz. Para a produção de mudas de pitaya amarela, não há necessidade de realização de cura nem da utilização de regulador vegetal exógeno.

 

Palavras-chave: pitaia colombiana, Selenicereus megalanthus, clonagem

 

Apoio: CAPES, pela concessão de bolsa à primeira autora.

Publicado
27-06-2022