Análise espacial no diagnóstico e gestão de árvores frutíferas da floresta urbana de Curitiba

  • Tarik Cuchi UNICENTRO
  • Rogério Bobrowski UNICENTRO
  • Luis Paulo Baldissera Schorr UFLA
  • Elisiane Vendruscolo UNICENTRO

Resumo

Estudos têm demonstrado a importância de espécies arbóreas frutíferas em ambientes urbanos, que fornecem alimentos à população. As análises espaciais são importantes técnicas estatísticas para avaliar dados geográficos, e podem ser uma ferramenta essencial para diagnosticar e gerir a disponibilidade de serviços ecossistêmicos das florestas urbanas. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição de árvores frutíferas na cidade de Curitiba por meio do mapeamento de densidade kernel. O estudo foi conduzido em Curitiba, e foram selecionadas as espécies: Eugenia uniflora L., Eugenia involucrata DC., Psidium cattleianum Afzel. ex Sabine, Psidium guajava L., Carica papaya L., Citrus spp., Diospyros kaki L.f., Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl., Morus nigra L., Persea americana Mill., Punica granatum L. A localização dos indivíduos ocorreu pela extração das coordenadas geográficas dos dados cadastrados na plataforma SpeciesLink, a qual dispõe de um banco de inventários florestais de fontes confiáveis. Ao todo obteve-se 90 pontos de localização, que foram analisados na linguagem R. Foi aplicada a técnica de mapeamento de densidade kernel, com kernel normal bivariado, parâmetro de suavização ad hoc e grid de 1.000 pontos dentro do perímetro da cidade. O mapa gerado foi plotado com as divisas das regionais da cidade e interpretado visualmente quanto a predominância de indivíduos. As coordenadas, em sua maioria, concentram-se na regional Matriz. A análise de densidade de kernel, de acordo com o banco de dados utilizado, indicou que a predominância de árvores frutíferas ocorre nas regionais Matriz, Cajuru e Boa Vista. A análise abordada mostrou-se como uma ferramenta com grande potencial no diagnóstico da distribuição deste serviço ecossistêmico de provisão, com aplicabilidade na gestão de florestas urbanas. Ainda, considera-se que o banco de dados deve ser aprimorado com mais espécies e outras fontes para que possa refletir a completa realidade da cidade.

Publicado
27-06-2022