Interferência de dois períodos diferentes de poda na produtividade de amoreira-preta cv. TUPY no oeste catarinense
Resumo
O sucesso do cultivo da amoreira-preta, embora seja uma cultura de fácil manejo, depende de vários fatores importantes como o tipo de manejo, tratos culturais, condução e principalmente a poda. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de poda em períodos distintos na produção de amoreira-preta da cultivar TUPY no oeste catarinense. O experimento foi conduzido no pomar didático da área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-Chapecó, implantado no ano de 2014 e no laboratório de Fruticultura e Pós-colheita do campus. O delineamento experimental foi em inteiramente casualizado, constituído por uma cultivar de amoreira-preta ‘BRS-Tupy’, colhida na safra 2020/2021, sexto ano produtivo das plantas no estágio de maturação para o seu consumo in natura. Com cinco repetições para cada cultivar, constituída por uma planta. O espaçamento de plantio adotado foi de 3m entre linhas e 1,5m entre plantas, onde as plantas são conduzidas em sistema de espaldeira “T”, com dois arames para sustentar as hastes. A primeira poda foi realizada no dia 13 de julho de 2020 e a segunda poda 16 dias após. As análises produtivas avaliadas foram os sólidos solúveis (°Brix), produtividade (t.ha-1), número de fruta por planta, peso de frutos (g), volume médio da fruta (cm3). Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste Scott-Knott a 5%. A primeira poda apresentou valores significativamente inferiores comparando com a segunda em relação a produtividade (2.353,55 t.ha -1), número de fruto por planta (255 N°fruto.planta -1) e maior peso médio de frutas (282,53 g). Enquanto que, a segunda poda resultou valores superiores em termo de produtividade (5.095,44 t.ha -1), número de fruto por planta (440 N°fruto.planta -1) e maior peso médio de fruta (388,74 g). Nas condições edafoclimáticas do oeste catarinense, o período de poda influencia diretamente na produção da amoreira-preta. Plantas podadas no final de inverno apresentam maiores produtividades conservando a qualidade das frutas. Não houve diferença significativa nas duas podas em relação ao teor de sólidos solúveis e volume médio de fruta.