Levantamento de fungos associados ao declíinio e morte de videiras no Oeste de Santa Catarina

  • Eliane Rute Andrade Epagri
  • Marco Antonio Dal Bó Epagri

Resumo

Um dos desafios mais persistentes dos viticultores de Santa Catarina é a ocorrência do declínio e morte de videiras (DMV), que causa o enfraquecimento progresssivo da planta, podendo levá-la à morte. O DMV envolve uma série de fatores, destacando-se entre eles os fungos causadores de podridão de raízes, podridão descendente e morte de ramos e da doença de petri ou chocolate. Dentre os fungos já identificados nos locais onde o DMV ocorre destacam-se o Cylindrocarpon spp. (pé-preto),  o Phaeoacremonium spp. (doença de petri ou chocolate) e Botryosphaeria spp. ( podridão descendente e morte de ramos), dentre outros patógenos. Objetivando avaliar a incidência  de fungos causadores de DMV em vinhedos localizados no Oeste de SC, foi realizado um levantamento em novembro de 2021. Coletou-se 28 amostras de videira com sintomas de DMV (raízes, tronco e/ou folhas), sendo 21 na região de Chapecó/Xanxerê e sete na região de São Miguel do Oeste/Palmitos. O isolamento dos fungos foi em BDA e após o crescimento fúngico identificou-se morfologicamente os gêneros dos patógenos isolados com base em chaves de classificação, microscopia e bibliografias. A incidência média dos patógenos identificados nas amostras  em percentagem (%) foi a seguinte: Botryosphaeria spp. (23,40), Phaeoacremonium spp. (13,66), Cylindrocarpon spp. (10,27) e outros fungos causadores de podridão de madeira (10,27), respectivamente. Os resultados obtidos mostraram uma predominância de fungos causadores de podridão e morte descendente de ramos e chocoloate quando comparados com a ocorrência de fungos causadores de podridões de raízes no Oeste de Santa Catarina. A identificação destes fungos permitirá a adoção de estratégias visando o contole adequado do declínio nos vinhedos localizados nessa região do Estado.

Publicado
27-06-2022