Ambiente e período de armazenamento para conservação de sementes de pitangueira embaladas a vácuo
Resumo
As sementes de pitangueira apresentam recalcitrância, o que contribui para rápida perda de viabilidade com a redução da umidade, tornando seu armazenamento um problema, principalmente por se tratar do método utilizado para obter sua muda. O objetivo deste trabalho foi avaliar a conservação da viabilidade germinativa de sementes de pitangueira armazenadas em três ambientes, durante nove períodos. Esse trabalho foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal, da UTFPR - Campus Dois Vizinhos. Foram utilizadas sementes de frutos maturos, extraídos de plantas matrizes pertencentes a coleção da referida instituição. Com a extração, as sementes foram embaladas a vácuo, com embalagem plástica para tal fim. Foi utilizado delineamento experimental inteiramente casualizado, em fatorial 3 x 9 (local x período), com quatro repetições de 50 sementes por unidade experimental. Os locais de armazenamento foram em freezer (-18ºC), refrigerador (5ºC) e ambiente natural (25ºC±5ºC), nos tempos de 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 60 e 90 dias. Decorrido cada tempo, as sementes foram colocadas sobre papel Germtest®, em caixas gerbox com tampa e mantidas em câmara de germinação na temperatura de 25ºC, com ausência de fotoperíodo. Aos 40 dias avaliaram-se, a germinação, índice de velocidade de germinação e o tempo médio de germinação. Os dados foram submetidos ao teste de normalidade, seguido pela análise de variância e, teste de comparação de médias de Duncan para o fator qualitativo e interação dos fatores e, análise de regressão (p ≤ 0,05) para o fator quantitativo. Houve interação significativa entre os fatores para as variáveis analisadas. A partir do quinto dia, sementes em freezer perderam sua viabilidade e nos demais ambientes a partir dos 60 dias. Os ambientes, natural e em refrigerador, mostraram maior capacidade germinativa aos 5, 10 e 15 dias e, aos 20, 25 e 30 em refrigerador.