Consumo foliar de Palpita forficifera (Lepidoptera: Crambidae) em diferentes cultivares de oliveira

  • Rodolfo Vargas Castilhos EPAGRI
  • Eduardo Cesar Brugnara
  • Cristiano Nunes Nesi

Resumo

A lagarta da oliveira Palpita forficifera é um dos principais problemas fitossanitários da cultura no Brasil, e o uso de cultivares resistentes pode ser uma ferramenta no seu manejo integrado. Assim, este trabalho objetivou avaliar o consumo de folhas de oliveira por lagartas de P. forficifera em três cultivares. As cultivares avaliadas foram Arbequina, Arbosana e Koroneiki, cujas folhas foram obtidas de pomar com sete anos de idade. Foram realizados ensaios em laboratório sem chance de escolha e com chance de escolha. Em ambos ensaios, as folhas foram ofertadas a lagartas de quinto instar, e após 48h foi avaliado o consumo absoluto (mg) e relativo (%) de massa fresca e a massa seca (mg) consumida. As folhas foram pesadas em balança analítica antes da oferta e no fim dos ensaios. Alíquotas sem a presença de lagarta serviram para estimar a perda de umidade e o índice de matéria seca das cultivares. Em cada ensaio foram utilizadas 30 repetições, em delineamento inteiramente casualizado. No ensaio sem chance de escolha, a massa fresca consumida foi de 203,2 mg em Koroneiki, 217,3 mg em Arbosana e 235,0 mg em Arbequina, correspondendo a 32,1%; 31,4% e 37,6% da massa fresca oferecida, respectivamente, sem diferença significativa entre as cultivares. Devido ao maior teor de matéria seca, a massa seca consumida foi significativamente maior em Arbequina (112,8 mg) em comparação com Arbosana (84,8 mg) e Koroneiki (85,4 mg). Em teste com chance de escolha, não se observou diferenças significativas entre as cultivares nos parâmetros avaliados. A massa fresca consumida foi de 67,0 mg em Arbequina, 86,9 mg em Arbosana e 87,9 mg em Koroneiki, correspondendo a 27,3%; 33,2% e 37,8% da massa fresca ofertada, respectivamente. A massa seca consumida foi de 26,1 mg; 36,5 mg e 35,2 mg em Arbequina, Arbosana e Koroneiki, respectivamente. Resultados indicam não haver resistência do tipo antixenose por parte das cultivares avaliadas, uma vez que o consumo foi semelhante nas três cultivares.

Publicado
27-06-2022