Influência da densidade de plantio na produtividade da figueira cv. Roxo de Valinhos para comercialização in natura
Resumo
O Rio Grande do Sul se destaca pela produção de figo, sendo a maior parte da fruta colhida verde e destinada às indústrias de conserva ou processada em doces. Por ser altamente perecível quando maduro, é pouco comercializado in natura. Dentre os fatores que são importantes na implantação de um pomar, a densidade de plantio se destaca. A densidade de plantio da figueira é definida em função do cultivar, forma de condução, fertilidade do solo e recursos financeiros disponíveis. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da densidade de plantio na produção e qualidade dos frutos da figueira cv. Roxo de Valinhos para comercialização in natura. Para tanto, foi realizado um estudo com abordagem quantitativa, procedimento laboratorial e estatístico, coleta de dados por observação direta intensiva (observação) e analisados com auxílio de estatística como média aritmética, ANOVA, teste de Tukey e correlação de Pearson. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, com três repetições, tendo como tratamento 1 (T1), plantas no espaçamento 1,00 m X 3,00 m com 6 ramos por planta, totalizando 19.999,99 ramos.ha-1. No tratamento 2 (T2), plantas no espaçamento 2,00 m X 3,00 m com 12 ramos por planta, totalizando 19.999,99 ramos.ha-1. Foram avaliadas as características dos ramos, produtividade, massa fresca, características físicas e químicas. Não houve diferenciação nas características químicas e físicas, porém, o tratamento com 12 ramos apresentou um maior número de frutos por ramo. Mesmo não havendo diferença de produção entre os tratamentos, a densidade de 1666,66 plantas ha-1 com 12 ramos por planta é interessante devido ao baixo custo de implantação, porém, o plantio adensado com 3.333 plantas ha-1 conduzidas com 6 ramos por planta, é a opção recomendada pelo melhor manejo e aproveitamento da área.
