Produção de Pitaya em Sistema Agroflorestal

  • Geraldo André Raddatz UFSM
  • Hazael Soranzo de Almeida
  • Renato Trevisan
  • Cristiano de Avila Dotto

Resumo

A Pitaya é uma planta cactácea, trepadeira originária da América tropical e subtropical. É uma planta perene e o caule é classificado como cladódio, onde se originam diversas raízes que contribuem para a fixação da planta e na absorção de nutrientes. Com fruto rico em vitaminas, fibras, baixo teor calórico, excelentes qualidades digestivas, e com propriedades organolépticas e nutracêuticas, possui sabor suave a adocicado, além de aparência exótica. Por ser uma planta trepadeira, ela pode ser cultivada em sistema convencional ou em agroflorestal. Uma das alternativas mais usadas em pomar convencional é o uso de tutores de madeira tratados ou postes de cimento com uma trave no topo. A altura dos postes geralmente é de 1,8 metros de altura com um espaçamento entre plantas de 5x5 metros. No sistema agroflorestal as árvores existentes são usadas como tutores, após ser feita uma limpeza na vegetação rasteira e algumas podas permitidas pela legislação em vigor, sendo as plantas plantadas próximo as árvores maiores, onde a planta pode se tutorar. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a viabilidade, as vantagens e a produção de um pomar de Pitaya no sistema agroflorestal bem como a variedade que melhor se adapta neste sistema. As plantas de Pitaya foram instaladas em uma área de cerca de 1000m², composta por diversas plantas nativas. São cultivadas as variedades comercias de Hilocereus undatus (variedade de casca vermelha e polpa branca); Hilocereus costaricensis (variedade de casca vermelha e polpa vermelha), e a variedade Selenicereus megalanthus (variedade de casca amarela e polpa branca), sendo 10 plantas de cada espécie, distribuídas dentro dessa área. O pomar é jovem e está no segundo ano, ainda não se tendo dados conclusivos de desenvolvimento das diferentes cultivares, todas se adaptaram bem ao local e estão com desenvolvimento próximo umas das outras, espera-se que já no ano de 2019 inicie a produção de frutos.

Publicado
15-05-2019