Determinação do potencial hídrico xilemático e diagnose química foliar em pessegueiro sobre diferentes porta-enxertos clonais e mudas autoenraizadas

  • Mateus Dos Santos Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Alice Silva Sanana
  • Leandro Galon
  • Jorge Luis Mattias
  • Clevison Luiz Giacobbo

Resumo

O porta-enxerto é um fator condicionante na produção de pessegueiros e tendo em vista que pode causar modificações no desenvolvimento da planta, nos frutos e até mesmo no transporte de nutrientes, o presente trabalho tem o objetivo de determinar o potencial hídrico xilemático e avaliar o teor macronutricional foliar de quatro porta-enxetos clonais do gênero Prunus spp. e uma muda autoenraizada, da própria cultivar copa BRS-Libra. O trabalho foi conduzido na área experimental do campus Chapecó, Universidade Federal da Fronteira Sul. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com cinco tratamentos, quatro repetições, sendo que cada repetição é constituída por uma planta. Os porta-enxertos e mudas autoenraizadas analisadas foram: Flordaguard, Capdeboscq, Barrier, Cadaman e BRS-Libra autoenraizado. A coleta de dados ocorreu em período pós-colheita, no ciclo produtivo de 2018, com as variáveis de fluxo xilemático (-Mpa) e a composição química foliar de macronutrientes (N, P, K, Ca e Mg). Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e quando significativos, comparou-se as médias pelo teste Scott-Knott a 5%. O fluxo xilemático apresentou-se não significativo, sendo que a muda autoenraizada tem a maior tensão hidrostática negativa (-0,90 Mpa), seguido dos porta-enxertos Barrier (-0,85 Mpa), Flordaguard (-0,78 Mpa), Cadaman (-0,72 Mpa) e com a menor tensão e consequentemente maior fluxo xilemático o porta enxerto Capdeboscq (-0,62 Mpa). Os teores dos nutrientes N, P e K (médias de 7,7%, 3,2% e 0,4%), foi constatado diferenças não significativas. Já as concentrações dos nutrientes de Ca e Mg diferiram entre si. A menor concentração de Ca, foi a muda autoenraizada (0,4%), acompanhada para o Mg, juntamente ao porta-enxerto Barrier, com média de 0,2%. Os demais porta-enxertos induziram maior concentrações com médias de 0,5% para Ca e 0,3% para Mg. Conclui-se que por meio do fluxo xilemático, não se observa uma relação direta entre o maior fluxo e maior presença de nutrientes, relacionando o porta-enxerto na concentração de água no transporte de nutrientes com a capacidade de absorção no solo.

 

 

Publicado
10-05-2019