Atividade fotossintética de figueiras conduzidas com diferente número de ramos

  • CLECIR MIGUEL NONNENMACHER UFFS
  • Clevison Luis Giacobbo
  • Luan Castegnera
  • Denikeli Fátima Bucoski
  • Lucas Roberto Culau
  • Alice Silva Santana

Resumo

A figueira (Ficus carica L.) exige exposição a luz solar durante o seu ciclo vegetativo e produtivo. O sombreamento das folhas diminui a atividade fotossintética e, consequentemente, o acúmulo de fotoassimilados necessários para o crescimento de ramos e a formação e desenvolvimento das infrutescências. O número de ramos conduzidos na figueira influência diretamente na radiação solar captada no dossel da planta. Desta forma, o objetivo com este trabalho foi medir a atividade fotossintética através da fluorescência da clorofila a em plantas de figueiras conduzidas com diferentes números de ramos. A cultivar conduzida foi a Roxo de Valinhos, no quinto ano produtivo. O espaçamento utilizado foi de 5,0 m x 2 m (1000 plantas.ha-1) e a condução perfez três tratamentos com os seguintes número de ramos: 16, 24 e 32 ramos por planta. Utilizou-se o delineamento experimental com blocos casualizados, contendo três blocos por tratamento, compostos por quatro plantas cada. As plantas das extremidades de cada bloco foram utilizadas como bordadura, permanecendo 2 plantas úteis por bloco. A emissão da fluorescência da clorofila a foi mensurada através de fluorômetro modulado portátil (modelo OS5p+, marca Opti-Sciences). A fluorescência máxima (Fm) alcançada no tratamento conduzido com 16 ramos (438 µmol m-2.s-1), foi superior aos tratamentos que possuíam 24  e 32 ramos (336.17 e 293.67 µmol m-2.s-1, respectivamente), sendo que estes não diferenciaram entre si. Para os valores de eficiência fotoquímica do fotossistema II (PSII), que é a razão entre a fluorescência variável (Fv) e fluorescência máxima (Fm), o tratamento com 16 ramos (0,54) mostrou-se superior ao de 32 ramos (0,37), enquanto o tratamento com 24 ramos (0,47), não diferiu estatisticamente dos anteriores. Com os dados observa-se que o maior adensamento de ramos pode influenciar negativamente da atividade fotossintéticas das figueiras.

Publicado
13-05-2019