Óleos essenciais na inibição de Monilinia fructicola, comparado a toxidez em Artemia salina e na indução de fitoalexina gliceolina

Resumo

É crescente a necessidade de estudos com novas formas de controle fitossanitário utilizando produtos alternativos eficientes para podridão parda, mas que apresente baixa toxicidade a saúde humana e aos agroecossistemas, vindo a acompanhar a crescente demanda por produtos mais saudáveis. Desta forma, objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento de Monilinia fructicola in vitro, com a utilização de óleos essenciais (OE) de alho (Allium sativum), erva baleeira (Cordia verbenácea), melaleuca (Melaleuca alternifolia), orégano (Origanum vulgare) e pitangueira (Eugenia uniflora), comparando-se seus efeitos a toxidez em náuplios de Artemia salina e a indução de fitoalexina gliceolina em cotilédones de soja. Utilizou-se isolados de M. fructicola coletados de pêssegos do município de Chapecó. Os óleos essenciais descritos nos objetivos foram adquiridos comercialmente. O meio de cultura Batata-Dextrose-Ágar (BDA) foi vertido em placas de Petri® com 9,0 cm de diâmetro. Após solidificar foi adicionada sobre o meio solução de 100 µL de cada OE, na concentração 10 µL e colocado no centro da placa um disco de 0,5 cm de diâmetro do micélio e conídios do fungo. Procedeu-se com análise da toxicologia de A.salina por meio a metodologia de Meyer et al. (1982) adicionando 10 mL da solução de cada OE. Para avaliação da indução de fitoalexina em cotilédones de soja, utilizou-se sementes as cultivar “BRS 284” com metodologia de Labanca (2002). Óleos essências de alho, erva baleeira e orégano foram eficientes na inibição do crescimento micelial de M.fructicola, durante o período avaliado. Também foram os que mais induziram a produção de fitoalexina gliceolina nos cotilédones de soja. Porém, foram tóxicos aos náuplios de A. salina. Desta forma é necessário trabalhos com concentrações menores dos óleos essenciais, bem como outras formas de aplicação destes.