Ácidos húmicos na multiplicação in vitro de mirtileiro cv. Bluecrop

  • Eliane Lima de Aquino UFPel
  • Márcia Wulff Schuch UFPel
  • Adriane Marinho de Assis UFPel

Resumo

Os ácidos húmicos são substâncias presentes na matéria orgânica do solo que estimulam o crescimento vegetal, sobretudo das raízes, agindo diretamente nos processos fisiológicos relacionados ao desenvolvimento das plantas. No entanto, pouco se sabe sobre seu efeito em plantas cultivadas in vitro. Objetivou-se com este trabalho avaliar a o efeito da adição diferentes doses de ácidos húmicos (AH) no meio de cultura para multiplicação in vitro de mirtileiro ‘Bluecrop’. O experimento foi conduzido no Laboratório de Micropropagação de Plantas Frutíferas da UFPel, Pelotas – RS. Foram utilizados segmentos nodais de mirtileiro ‘Bluecrop’ contendo duas gemas, cultivados previamente in vitro. O experimento foi composto por três doses de substâncias húmicas (1,0, 2,0 e 3,0 mg/L de AH Solo Humics®) além do tratamento controle (sem AH) em meio de cultura WPM (Wood Plant Media – Lloyd; McCown, 1980) adicionado de 2-Isopenteniladenina (2ip) (100 mg/L-1), sendo: T1= controle; T2= 1,0 mg/L de AH; T3= 2,0 mg/L de AH; T4= 3,0 mg/L de AH.  Cada tratamento foi constituído por cinco repetições, sendo utilizado um frasco com quatro explantes por repetição. Após 90 dias avaliou-se: porcentagem de sobrevivência, número de gemas, número de brotações e matéria fresca (g). Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. Não houve diferença significativa quanto à porcentagem de sobrevivência e número de gemas entre os tratamentos. Para número de brotações, o tratamento T2 obteve a maior média, não diferindo significativamente dos tratamentos T1 e T3. Já para matéria fresca, não houve diferença significativa entre os tratamentos T1, T2 e T3. Deste modo, a utilização de ácidos húmicos na multiplicação in vitro de mirtileiro ‘Bluecrop’ não se faz necessária.

Publicado
03-05-2019