Qualidade de uva ‘BRS Violeta’ em diferentes sistemas de condução

  • Alessandra Maria Detoni IAPAR
  • Daiara Forlin
  • Evandro Carlos Garlet
  • Jakelynye de Miranda

Resumo

A relação entre o teor de sólidos solúveis e ácidos orgânicos é responsável pelo sabor característico da fruta e consequentemente de seus subprodutos. Diversos fatores interferem nestas variáveis, entre eles o sistema de tutoramento dos ramos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi analisar o comportamento qualitativo da cultivar BRS Violeta em diferentes sistemas de condução. O trabalho foi realizado no Instituto Agronômico do Paraná em Santa Tereza do Oeste/PR, safra 2017/2018. Utilizou-se a ‘BRS violeta’ sobre o porta-enxerto ‘IAC 766 Campinas’. Os sistemas de condução utilizados foram: Espaldeira Dupla Descendente (EDD), Geneva Dupla Cortina (GDC) e Y ou manjedoura, todos em cordão esporonado bilateral. Após a colheita foi determinando o teor de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e a relação SS/AT. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições. Após a análise de variância as medias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Os frutos de ‘BRS Violeta’ cultivada no sistema GDC apresentaram parâmetros qualitativos estatisticamente superiores (20,1°Brix; 0,57% de ácido tartárico, relação SS/AT de 35,6) àqueles colhidos de plantas conduzidas em EDD e Y. As plantas conduzidas nos sistemas EDD e Y produziram frutos com teores de sólidos solúveis de 18,5 e 19,2°Brix, acidez titulável de 0,71 e 0,63% de ácido tartárico e relação SS/AT de 26,3 e 30,8, respectivamente. Os sistemas de condução influenciam na distribuição das folhas, arquitetura de copa e consequentemente na interceptação da radiação solar, fatores que estão diretamente relacionados a qualidade das frutas. É importante ressaltar que, apesar das diferenças observadas entre os sistemas de condução, ‘BRS Violeta’ apresentou comportamento qualitativo satisfatório nos três tratamentos.

Publicado
30-04-2019