Avaliação de desempenho agronômico de dois novos genótipos de bananeira, subgrupo prata, no primeiro ciclo de cultivo
Resumo
A bananeira (Musa spp.) apresenta grande importância econômica e social no mundo, assim como em Santa Catarina, que é o 4º maior produtor nacional, com cerca de 3500 produtores e de 29 mil ha plantados. Novos cultivares são essenciais para atender a demanda da cadeia produtiva desta fruta. Assim, apresenta-se neste resumo o desempenho agronômico no 1º ciclo de produção de 2 genótipos do subgrupo Prata (BagBan179 e BagBan180). Eles são mutações espontâneas que foram selecionados em bananais por apresentarem características de interesse. O experimento foi realizado em Itajaí/SC tendo 4 blocos casualizados e 4 tratamentos: [Bagban179 e Bagban180, comparados aos cultivares SCS451 Catarina (Prata Catarina) e Prata-Anã]. Cada repetição foi composta por 12 plantas (48 por tratamento). No momento da emissão da inflorescência as variáveis avaliadas foram altura, número de folhas viáveis (NFV) e perímetro do pseudocaule a 30 cm de sua base (P30); no momento da colheita avaliaram-se peso do cacho (PC) e número de pencas no cacho (NPC) e de folhas viáveis (NFVC); e também foi avaliado o tempo entre o plantio e a emissão do cacho (TP-E) e a colheita (TP-C) e o tempo entre a emissão do cacho e a colheita (TE-C). As avaliações foram realizadas por ANOVA e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (95% de confiabilidade). As variáveis NFV, NP e TP-C não apresentaram diferenças significativas. Apesar do TP-C não diferir, o genótipo BagBan179 apresentou o menor TP-E e o maior TE-C, enquanto o genótipo BagBan180 apresentou o maior TP-E e o menor TE-C. Em geral, os dois novos genótipos confirmaram a expressão de características de interesse à bananicultura. O genótipo BagBan179 apresentou a menor altura (1,83 m) e o genótipo BagBan180 apresentou os melhores resultados para as variáveis PC (18,99 Kg), NFVC ( 5,61 folhas) e P30 (71,80 cm). As avaliações continuarão e, mantendo essas conclusões, os genótipos serão registrados como novos cultivares ao final do 3º ciclo de produção.
