Comportamento de mudas de araçazeiro amarelo submetidas ao estresse hídrico

  • Américo Wagner Júnior Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos
  • Fernanda Morais da Silva
  • Juliana Cristina Radaelli
  • Cristian Medrado Canonico

Resumo

A água é um dos elementos essenciais na manutenção e crescimento das plantas. É essencial além do conhecimento das necessidades hídricas também o período que a planta poderá suportar em condição de restrição, principalmente em mudas. O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento e sobrevivência de mudas de araçazeiro amarelo submetidos a diferentes períodos de restrição hídrica. O trabalho foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Foram utilizadas mudas oriundas de sementes, com aproximadamente três anos de idade. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com 11 tratamentos, quatro repetições e 10 plantas por unidade experimental. Utilizou-se para irrigação 500 mL de água diária por muda, nos períodos de 21, 19, 17, 15, 13, 11, 9, 7, 5, 3 e um dia consecutivo, correspondendo aos tratamentos. Após cada tratamento, todas mudas foram submetidas à irrigação diária durante 90 dias consecutivos, sendo avaliados ao final o número total de folhas, de folhas secas ou necrosadas e sadias, altura, diâmetro na região do colo, número de brotações primárias e comprimento destas, teores de clorofila a, b e total, massa da matéria seca da parte aérea e da raiz e, sobrevivência (%). Os dados foram submetidos ao teste de Normalidade de Lilliefors, seguida das análises de variância e regressão. Os tratamentos apresentaram efeito significativo para número de folhas secas, sadias e total, nos teores de clorofilas a, b e total, massa de matéria seca de raiz e número de brotações. Nas demais variáveis não houve mesmo significativo dos tratamentos. As variáveis de crescimento não foram afetadas pelo déficit hídrico, afetando somente aquelas correspondentes à fisiologia do estresse, tais como folhas e raízes. As mudas sobreviveram ao período de estresse hídrico, porém, interferiu negativamente sobre a disponibilidade de folhas sadias e na composição dos teores de clorofila, bem como, do sistema radicular, que apresentaram menor massa de matéria seca.

Publicado
03-05-2019