Monitoramento de Diaphorina citri, vetor da bactéria causadora do Huanglongbing dos citros, em Santa Catarina

  • Maria Cristina Canale EPAGRI
  • Rodolfo Vargas Castilhos
  • Luana Aparecida Castilho Maro
  • Eduardo Cesar Brugnara

Resumo

O psilídeo-asiático-dos-citros, Diaphorina citri, é o vetor de “Candidatus Liberibacter asiaticus”, bactéria associada ao Huanglongbing (HLB). O HLB é uma doença quarentenária que deve ser inspecionada nos estados da Federação onde ela não ocorre, segundo a Instrução Normativa no. 53 (Ministério da Agricultura, MAPA). Devido ao HLB ser endêmico no Paraná, plantas infectadas terem sido encontradas na província de Misiones (Argentina), e o psilídeo ter sido registrado no estado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a Epagri e a Cidasc estão monitorando a ocorrência de D. citri em Santa Catarina para a eventual detecção de “Ca. L. asiatucus”. Adicionalmente, árvores são vistoriadas na busca de plantas com sintomas típicos do HLB (ex. mosqueado). Atualmente, 9 pomares de citros estão sendo monitorados no Estado, nas cidades de Apiúna, Araranguá, Balneário Rincão, Celso Ramos, Chapecó, Itajaí, Mafra, Pouso Redondo e São Lourenço do Oeste. Armadilhas adesivas amarelas (ISCA Tecnologias, Ijuí, RS) são instaladas no terço superior das plantas em 2 períodos do ano (fevereiro - março e setembro - outubro), desde 2018, e são trocadas a cada 20 dias, totalizando três trocas a cada período. Quatro a 12 armadilhas por pomar são utilizadas, dependendo do tamanho do pomar. As armadilhas são encaminhadas para o Laboratório de Fitossanidade da Epagri (Chapecó) e são examinadas para a presença de D. citri utilizando-se um estereomicroscópio. Até o momento, 713 armadilhas foram analisadas e o psilídeo não foi detectado. Também não se observou plantas exibindo sintomas de HLB. Portanto, Santa Catarina se mantém com a condição de “livre de ocorrência da praga” perante o MAPA.

Publicado
30-04-2019